sexta-feira, março 02, 2007

ainda a IVG

Ao que parece o que o PS quer é mesmo o que foi a referendo, um aborto livre e sem qualquer justificação. Em suma uma medida de controlo de natalidade. Só assim se entende a rejeição da proposta do PSD.

Julgo que não foi com essa ideia que a maioria dos portugueses votaram. Pelo que percebi o que essa maioria deseja é a libertação da mulher. Dissuadir não me parece que seja o mesmo que enganar ou aldrabar. Quem não concordar, com o que lhe é dito ou proposto, pode sempre abortar. Pelo menos é o que entendo da proposta.
Ao contrário dos diversos movimentos do não e até desta proposta do PSD, o PS deseja é uma posição radical. O que o PS quer é o sim porque sim (isso é razão?).

Comentários:

Caro osso,

Não percebo a tua admiração. Tu e todos os apoiantes do Não passaram a campanha a vociferar contra a liberalização do aborto e a dizer que era isso que estava em causa ao votar SIM. Agora vens dizer que não foi com essa ideia que a maioria dos portugueses votaram???

Ora relê o que escreveste antes do referendo:
"d) este referendo não questiona apenas a despenalização da mulher, mas também a possibilidade de ela "matar" um filho só porque sim."

Então, não percebo como é que agora estás admirado?

Eu mantenho a minha posição de sempre. Sou contra a liberalização e favorável à despenalização desde que em estabelecimento de saúde autorizado e por opção da mulher. Como tal, as comissões de acompanhamento devem ser opcionais. As mulheres que sentirem que precisam de ajuda podem recorrer a elas. As que entenderem que não necessitam de ajuda e estiverem determinadas dispensam comissões de acompanhamento.

Respeite-se o voto dos portugueses. Apesar do SIM ter ganho, continuo a ser contra o referendo como instrumento de decisão política de matérias nacionais.  

Caro Pedro,

Essa foi e é a leitura que faço da pergunta do referendo. Apesar de concordar com a despenalização da mulher, pelos diversos motivos que na altura enunciei, votei não por ser contra o "aborto porque sim". Considero que muitos devem ter sido aqueles que votaram sim, por considerarem a despenalização da mulher do que o "aborto porque sim". Neste sentido é que considero ser importante a realização de consultas de informação e até mesmo para dissuadir ao recurso ao aborto.

Temo que caso isto não aconteça o "Prós e Contras do Gato Fedorento" ("acho que todas as mulheres deviam fazer um aborto por dia!") seja uma realidade em breve. E o aborto seja considerado não como um factor de saúde pública mas sim como controloda natalidade.  
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