segunda-feira, dezembro 31, 2007

Fair Play

Esta é uma designação associada quase em exclusivo ao desporto, tal como os exemplos que aqui se encontram escritos. Poucas mais serão as circunstâncias em que se possa dizer que houve de facto fair play, e que quem o praticou não saiu prejudicado por isso. Sendo uma busca de igualdade e justiça raramente vemos essa igualdade ao longo do dias e no decorrer das nossas vidas. Estas acabam, quase sempre, marcadas por momentos em que temos que lutar contra as mais diversas dificuldades e onde há (quase) sempre alguém que por motivos idiondos e obscuros consegue partir em vantagem.
Ao que parece serão poucos aqueles que têm princípios e mais do que isso os praticam e defendem. Uma das explicações que encontro é a importância, cada vez mais crescente, do matrialismo. Aqui não existem princípios, apenas ter mais e mais conta...

Desejo a todos um óptimo 2008!

domingo, dezembro 30, 2007

Morte em Campo


Não me sai da memória a imagem de Miki Fèher a cair inanimado no relvado do D Afonso Henriques, em Guimarães.
Ontem foi Phil O’Donnell, jogador do Motherwell (clube escocês), que caiu no relvado após 77 minutos de jogo e quando estava prestes a ser substítuido.
Mais uma morte chocante, de um jovem "saudável", com boa preparação física e com avaliações médicas periódicas (suponho). Aqui está um bom exemlo que a medicina ainda é uma incógnita...

Comentários:

A medicina não, o corpo humano!
;o)  
Enviar um comentário

«Inicial

Ano Novo - Sem Fumo

Com a entrada de 2008 vira-se uma nova página na luta contra o tabagismo e em defesa da saúde da população, bem como se começam a respeitar os direitos daqueles que não fumam.
Veja aqui o que vai mudar e onde se pode ou não fumar.

Comentários:

Ora cá está uma boa lei!!! Que me desculpem os fumadores mas já estava farta de sair intoxicada de bares e cafés onde, supostamente, iamos passar um bom bocado.
Não podemos esquecer que a nossa liberdade acaba quando começa a do próximo...  
Enviar um comentário

«Inicial

Mais asneiras

O ministro da saúde está imparável, está a atingir o ritmo de pelo menos uma asneira por dia. Esperemos que em 2008 tenha uns neurónios novos ou então que seja substituido, pois tanta asneirada não pode passar em claro.
Hoje disse tão só que o encerramento de algumas unidades e serviços de saúde aumentam a qualidade de vida da população. Em que parte do Mundo é que isso acontece? Será que a população quer fazer poucos quilómetros (que é uma medida arbitrária) para ser enviada novamente para casa? Então não se deve recorrer à Urgência Hospitalar apenas depois de se ter passado pelo Centro de Saúde?
Sua exclência diz que com estas medidas poupa médicos de família. Para quê aumentar as vagas, para 30%, no próximo concurso de acesso à especialidade, no que à formação médica diz respeito?
Ou o ministro vive no mundo da Lua ou o país está ao contrário... continuo a não entender nada do que ele faz.

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Dragão sem fumo?

Será que o estádio do Dragão virá a ser um espaço antitabaco?
Tal como noticia, hoje, o jornal OJogo, o Futebol Clube do Porto pondera uma medida já empregue em vários estádios europeus.
Se há quem considere uma boa medida, há outros que têm um discurso hipócrita como o Sr Álvaro Magalhães. Esse mesmo que evidencia falta de argumentos e não olha se quer para os seus actos. Pois este sr. fuma cigarro atrás de cigarro, enviando as baforadas de fumo para os espectadores em seu redor. Nunca lhe perguntei, nem sei se o farei (se esta medida for avante), mas será que o fumo o incomoda? Se o incomoda porque fuma? Ou pior se o incomoda a si que fuma porque incomoda o sr os outros com o seu fumo?

Relativização da Vida II

Ontem escrevi sobre as tabelas propostas pelo Instituto de Seguros de Portugal.
Não é que hoje vejo uma notícia em que um Ortopedista, português, é condenado a pagar 32 mil € por ter deixado uma compressa no ombro de um doente após intervenção cirúrgica!!!
Só gostava que me explicassem a lógica:
um filho - 15 mil €
uma compressa - 32 mil €.
Não consigo encontrar qualquer sentido nisto...

Confuso II

Estava a ler algumas notícias nacionais no site da RTP quando me deparo, na secção destinada a factos Nacionais, com estas duas notícias:

Confesso que me sinto um pouco confuso. Será que a Tchetchénia e a Colômbia serão duas regiões portuguesas que ainda desconheço e devo ter esquecido das já antigas aulas de geografia?


A população percebe...

Confuso

O Pedro Morgado fica confuso, e com razão, com notícias jornalísticas. Cá eu fico, muito, confuso sempre que procuro alguma explicação na legislação. As rotundas são um bom exemplo.
Como se contorna uma rotunda?
Deixo aqui um atalho para entender (ou pelo menos tentar, confesso que não consegui...).

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Relativização da vida

Em primeiro veio o aborto, a falta de crenças religiosas (independentemente da religião), o crescentente capitalismo, o consumismo, matrialismo,... são tudo causas que têm relativizado o valor da vida humana.
Mas nenhuma dessas causas relativiza-a, penso eu, tanto quanto a "tabela" proposta pelo Instituto de Seguros de Portugal. Assim ficamos a saber que a vida de um filho vale apenas 15 mil€, um irmão 7500€, um feto 7500€.

Mais uma demonstração de centralismo

Os cuidados de saúde, em Portugal, não são para os que precisam, são antes para aqueles que vivem em grandes centros urbanos.
Esta é uma das conclusões que se podem tirar das políticas do actual ministro da saúde. Esse que considera encerramentos nocturnos "para o bem da população" também cria um novo "pólo" no centro lisboeta.
Assimetrias a que já estamos (mal) habituados...

Solidariedade II


Lanternas flutuantes de papel enchem o céu sobre o mar de Andamão, em memória das vítimas de Khao Lak do Tsunami no oceano Índico de 26 de Dezembro de 2004.
in Público, Fotos.

Este gesto não tem qualquer significado caso atitudes e mentalidades não sejam alteradas, como aqui foi referido.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Mais um exemplo para o ministro da saúde

Esta notícia mostra que os objectivos apesar de estimularem a produtividade por vezes podem ser contrariados, aumentando assim o encargo financeiro geral.
Outra leitura que podemos fazer neste texto é consideramos os centro de saúde como pedra basilar do sistema de saúde. Se assim for os doentes deverão estar "controlados" nas suas doenças e os recursos às urgências serão menos frequentes, tal como os internamentos por descompensações. Deste modo os gastos duma entidade regularadora (no inglês trust, um português uma possível ARS) seriam menores, caso não existam objectivos muito ambiciosos e rigidos no atendimento feito no Serviço de Urgência.

Para terminar deixo uma proposta, por hierarquia, ao Sr Ministro:
  1. ARS (entidade que recebe o dinheiro do Ministério da Saúde e o distribui por Hospitais e centros de saúde da sua área)
  2. Centros de Saúde (recebem da ARS um determinado montante considerado suficiente; este pode aumentar caso os objectivos sejam atingidos ou diminuir se o oposto se verificar; têm a "responsabilidade" de referenciar os doentes para consultas hospitalares,...)
  3. Hospitais (devem cumprir objectivos, sendo assim também penalizados ou premiados consoante os seus resultados; os doentes apenas devem ter acesso ao hospital após referência proveniente do médico de família)

terça-feira, dezembro 25, 2007

Solidariedade

Nos dias que correm ser solidário, também, passa por ter preocupações ambientais. Não é quando ocorrem desastres como tsunamis ou tornados que se é (mais) solidário mas sim quando se tomam atitudes que preservem o ambiente. Neste sentido esta consoada fui tudo menos solidária.

domingo, dezembro 23, 2007

Bom Natal

Com muita saúde no sapatinho.

Comentários:

Bom Natal e um 2008 em grande!!! Ânimo para continuares a escrever regularmente neste blog que tantas vezes visito.
Muita saúde e desejos de melhoras para "a nossa Saúde" em Portugal!  
Enviar um comentário

«Inicial

sábado, dezembro 22, 2007

O que importa é a nota II

Pelo que aqui foi dito fiquei a saber que existe um exame de equivalência à licenciatura em medicina. Apesar de tudo não é qualquer estrangeiro que o pode fazer. Aqueles que vierem de um país da União Europeia têm equivalência directa ao curso, tal como exigem as normas europeias. Como diz o Páginas Soltas parece mentira e só se imagina isto em Portugal...
Será que a prova é feita em português? Desconheço já que nunca vi, fiz ou até ontem tinha ouvido falar de alguma.
Se reparamos este método de seriação permite que pessoas com "pior" formação académica (leia-se provenientes de faculdades menos prestigiadas, menos exigentes,...) ultrapassem aqueles que procuraram os "melhores mestres". Em Portugal, um país que aposta na tecnologia e que quer aparentar ser moderno, ainda se fazem as selecções por métodos obsuletos e ultrapassados. Pior do que tudo isso as pessoas com poder consideram que estes são os melhores métodos de selecção... Só acho curioso porque se este método é assim tão bom, como esses dizem, porque é que o Belmiro de Azevedo ainda não se lembrou de fazer uma selecção dessas para a SONAE.

Comentários:

Só para desejar um Bom Natal e Boas entradas de 2008.  

Por tudo isso que disseste é que aquele método de seriação que sugeriste em posts anteriores (eu própria já tinha muitas vezes comentado um método parecido com os meus amigos) faz todo o sentido em Portugal.

Para além de se tornar muito redutor avaliar uma pessoa pela média de curso(aos 24 anos ainda vou estar a remoer as notas do 1º ano de que gostei menos LOL), sem ter atenção a todas as outras coisas que constituem o seu currículo e que podem ser muitíssimo relevantes para a especialidade escolhida: será que alguém que passa todas as suas férias de Verão desde o 1º ano a realizar estágios de cirurgia e que quer seguir uma carreira cirúrgica não terá um "appeal" maior para o seu futuro chefe, tanto pela competência técnica como pela dedicação??? Há uma coisa em comum em todas as faculdades: a quantidade e a qualidade daquilo que se aprende também depende do aluno (estágios, bancos, horas passadas no hospital podem ser superiores ao mínimo exigível se o aluno assim o desejar). Porém, o método actual não poderá nunca avaliar isto, porque não avalia competências técnicas nem de diagnóstico.

Desde que houvesse transparência (entrevistas gravadas, possibilidade de ver todos os processos no final e pedir recurso caso se justifique), acho que não haveria problemas de maior.  

Sara:
já estava a pensar que um concurso assim era uma ideia solitária, afinal também partilhas uma ideia semelhante. podias enviar uma proposta de concurso par ossopartido@gmail.com, para eu a disponibilizar aqui.  

É muito semelhante à tua apenas com a adição de duas coisas:

- um exame no final dos chamados anos básicos, à semelhança do que se faz nos EUA (vendo bem, a tua proposta é bastante parecida ao esquema deles). Este exame teria de ter uma vertente aplicativa e não meramente enumerativa (casos clínicos aplicados às cadeiras básicas, interpretação de dados, etc). Era uma forma de garantir que nos anos básicos todos recebíamos uma formação minimamente equivalente, apesar de dar espaço para diferentes formas de ensino, ou seja, teria de dar liberdade às faculdades para optarem por PBL, integrado, "moda antiga" ou seja lá o que for. Haveria apenas um documento bastante detalhado em relação aos conteúdos que seria necessário dominar para esse exame. Este exame não teria necessariamente uma nota, mas seria antes uma garantia que um mínimo de conhecimentos básicos tinham sido atingidos.

- todos os exames, tanto o do ponto anterior como aqueles que seriam realizados ao longo do internato, deveriam incidir em tópicos universalmente aceites e relevantes para a prática clínica. Acabava-se de vez com isto de andarmos a decorar pormenores da treta do harrison's que não são úteis para a prática clínica, e alguns nem são indiscutivelmente aceites. Assim, acabava-se com a bibliografia única e cada um poderia escolher o livro que se adapta melhor ao seu tipo de estudo.

O único problema que eu vejo e eu própria não o saberia resolver é a divisão entre área cirúrgica e médica. Temos as especialidades médico-cirúrgicas (em Inglaterra há oftalmologistas médicos e oftalmologistas cirurgiões, mas será que queremos isso cá?) e não sei se haveria capacidade logística para tantos internos numa situação de diferenciação inicial em apenas duas áreas.  

O Melhor é mesmo chamr um Joe Berardo pra ACSS! de certeza que colocava a "boca no trombone"!!!  
Enviar um comentário

«Inicial

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Uma no cravo outra na ferradura

O ministro da saúde de manhã promete médicos, à tarde fecha centros de atendimento à população.
Como diz o outro, deve ser "o estrebuchar do morto".

As asneiras continuam

No mapa de vagas do IM2007-A constavam 195 postos para medicina geral e familiar (vulgo clinica geral). Nestas não aparecem algumas das que existiam na altura das escolhas, já que há quem tenha visto 3 vagas na região centro para o centro de saúde do centro (ou seja 3 vagas que eram para a região centro mas ainda faltava definir ou encontrar o local de formação).
Agora se os médicos com capacidade formativa já se encontram lotados e os centros de saúde sobre lotados, os candidatos sem motivação, como vai o Sr ministro aumentar ainda mais as vagas para esta especialidade? Como irá ele criar um serviço de qualidade em termos de formação de de prestação de cuidados? E no futuro, que motivação terão aqueles que foram "empurrados"?

Sendo os colocados no IM2008-A 1073, 30% (320) deles irão para Medicina Geral e Familiar. É de mim ou este número, 320, representa cerca de 66% de aumento em relação ao IM2007-A? Uma vez mais não sei para onde irão tantos clinicos gerais, principalmente se já não havia onde os colocar este ano...

Medidas sérias para problemas sérios

Guiar com telemóvel pode dar prisão, mas não cá.
Se pensarmos a probabilidade de sermos apanhados pela polícia a utilizarmos o telemóvel é baixa. Se formos apanhadas temos que pagar uma multa, a qual toleraremos e contornaremos melhor ou pior. Agora se a pena for prisão quem é que arriscará?

No fundo as mortes nas estradas, portuguesas, continuam a aumentar e não aparece ninguém a tomar medidas importantes. Quantos atropelamentos já ocorreram este ano em passadeiras? Quantas passadeiras estão mal iluminadas? Quantas passadeiras têm má visibilidade, por estacionamento indevido, por ornamentação florestal,...? Este é outra face do mesmo problema que ninguém quer ver.
Lembro-me de ser pequeno e ter ido a London, onde sempre que me aproximava da passadeira (com aqueles lampiões amarelos em forma de bola sempre a piscar) os carros paravam. Achava imensa piada aquilo, até que me explicaram que os condutores ficavam furiosos (e eu bem via...) porque tinham que parar como precaução, pois caso atropelassem alguém iriam presos.

Cordeiros

Há locais com melhores pastagens, onde a erva é mais tenra e onde os pastores movem os cordeiros dando-lhes a melhor erva.
No reverso da medalha encontramos sítios onde estes animais são simplesmente empurrados para os locais onde os pastores os querem.

Esta é uma metáfora que encontro para distinguir os sistemas de saúde Inglês e Português. Aqui fica mais um prova.

Comentários:

É uma vergonha o que se anda a passar neste país!! E eu não entendo como é que ninguém toma uma verdadeira atitude em relação à bandalheira em que está o nosso sistema de saúde. Não sou péssimista, nem quero ser ingénua, mas... caramba! Não haverá ninguém com juízo entre os políticos?  
Enviar um comentário

«Inicial

Grandes Mudanças virão

Já há cerca de um ano que se fala de mudanças em termos de prestação de cuidados de saúde dentro da Comunidade Europeia. Esta e esta notícia mostram que algo tem sido feito e que será de esperar mudanças para breve.

Portugal pode aproveitar estas medidas de dois modos:
  • cativa doentes para ganhar dinheiro (para isso tem que criar condições que tal possa acontecer)
  • mantém o actual sistema obsuleto e os portugueses são atendidos em Espanha, França, ..., constituindo um encargo muito maior em termos de saúde para o Estado

Em termos práticos serão necessárias várias medidas, que não serão implementadas por falta de coragem, de inteligência e por incompetência. Para entrar numa saúde europeia terá que haver uma diferenciação, especialização e sub-especialização com bases científicas. Será necessário um volume muito maior de investigação (em situações práticas e não em ciências básicas, que também não deverão ser descuradas) e publicação pelos médicos nacionais (coisa a que não estão habituados, acabam prejudicados se o fizerem actualmente), de modo a nos impormos e darmos a conhecer ao parceiros da UE.


quinta-feira, dezembro 20, 2007

Há quem não se conforme

Com tanto escândalo que envolve este concurso (IM2008-A) há mesmo candidatos que não se conformam. Se contarmos o número de total de candidatos que estão colocados, deveremos ter um total de 1073 (se não me enganei). Comparando este valor com o número de vagas (1085) verificamos se a matemática não me fintar que 12 candidatos abdicaram do concurso.
Porque será Sr Ministro???

Comentários:

Só por curiosidade. Foi a FCML?  
Enviar um comentário

«Inicial

O que importa é a nota

Já viram uma média de Medicina de 18,90 valores (página 42). Recordo que a média mais alta na FMUP ficou algumas milésimas acima dos 17 valores. A faculdade não tem relevância o que realmente importa é a média...
Já agora há coisas que não entendo. Reparem que existem médias de 10 valores, sendo estas maioritariamente de alunos com nomes latinos. Será que são aqueles que tiraram o curso fora? Pensei nessa hipótese mas se assim é não entendo como há tantos candidatos oriundos de leste (pelo menos o nome) com médias mais altas.

Comentários:

Em relação ao pessoal oriundo dos países de leste, eu não tenho a certeza absoluta mas creio que está relacionado com o chamado "Exame de Estado". Ao contrário dos nuestros hermanos que têm equivalência imediata nos cursos, acho que muitos médicos oriundos do antigo bloco de Leste (e não membros da UE) não têm equivalência imediata e têm de fazer o tal exame. Assim, a nota com que concorrem é a nota que obtiveram nesse tal exame.

Em relação aos 18,9, realmente é estrondoso... Mas também não os há assim todos os anos. Eu ando na FML e já tenho visto a média mais alta de final de curso acima de 18,5 e tb já a tenho visto mais de um valor abaixo. Daquilo que eu me recordo dos meus tempos de secundário, muitos colegas meus achavam que as minhas notas eram algo de sobrenatural, quando para mim era relativamente fácil obtê-las - só para mostrar que a perspectiva pessoal de cada um leva invariavelmente a erros de percepção das situações. Não nos podemos esquecer que há, e sempre haverá, pessoal fora de série que consegue obter coisas que estão fora do alcance da maioria. 18,9 é puxar um bocadinho a corda, mas consigo imaginar algumas pessoas que conheço de diferentes anos a chegarem lá perto e, de facto, são verdadeiramente extraordinárias aos mais diferentes níveis  

Como é possível médias superiores a 18,5 valores. Por favor fiquem com esses alunos! Com essa média das duas uma ou ganham o prémio nobel ou os professores têm que ser despedidos.

Quanto aos candidatos vindos do leste: se eles fazem esse tal exame os outros também deveriam ter oportunidade para o fazer. Pelos vistos parece fácil (deve ser tão dificil como a prova de comunicação médica)...  

Por acaso, consta que o exame de estado não é assim tão fácil... Na FMUP também o devem fazer e se procurares pela pauta, as notas são horríveis (imensas negativas - praí dois terços - e a nota mais alta fica no 13/14). Os alunos que vêm de Espanha também a podem fazer mas acho que optam pela equivalência automática, porque estudar para o harrison's e para aquilo ao mesmo tempo não dá jeito nenhum.

Quanto às médias, eu conheço um aluno de um ano mais avançado do que o meu (sou do 4º ano) sobre o qual até há mitos naquela faculdade. Tipo, ele teve o primeiro 20 da história da faculdade a cirurgia I (num tempo em que havia testes semanais bastante complicados). Há mitos como: "ele está às 7 da manhã na biblioteca a ler artigos", "ele já leu o harrison's de ponta a ponta cinco vezes". E sabes uma coisa? Os mitos provavelmente são verdade. Se o encontras no elevador e lhe fazes uma pergunta hipercomplicada de uma cadeira qualquer do 1º ou 2º anos de que já ninguém se lembra, ele sabe a resposta e explica-te. Ele começa a falar de um assunto qualquer e cita artigos de tudo e mais alguma coisa que estejam relacionados com aquele assunto. Ele é tão bom, tão bom, que consta que foi convidado este ano para ser assistente (não monitor) de diferentes cadeiras. Todos os professores (mesmo aqueles que têm fama de "destruir" alunos) babam-se quando falam dele. Ah, é verdade: não me admirava nada que ganhe o prémio nobel no futuro ou que fique lá perto...  

nunca tinha ouvido falar de tal exame.
quanto à história que contas excepções aparecem de vez enquando. mas conheço muitas pessoas assim tão aplicadas e com muitas capacidades que nem por sombras conseguem chegar ao 18 na média. deve ser dos ares...  

O exame existe em todas as faculdades de medicina, se não estou em erro. Já li em blogs de colegas nossos que vieram de Espanha que chegaram a pensar fazê-lo mas quando viram as notas, puseram a ideia de parte.

Em relação às notas, cá há profs (que não são todos - eu já apanhei com cada um...) que dão notas acima de 18 sem problema nenhum, quando os alunos atingem todos os objectivos da cadeira. Não vêem isso como um reconhecimento de que o aluno sabe mais do que ele (aquela velha história: "se eu só tive 16, não dou mais do que isso), mas como um reconhecimento de que o aluno sabe e fez absolutamente tudo o que aquela cadeira exige. Se na FMUP a vasta maioria dos profs não faz isso, a culpa não é certamente nossa. Se fores ver o concurso 2007-A, o 1º colocado foi o melhor aluno do ano dele e tem uma média bem FMUPiana, digamos assim. Há anos melhores e há anos piores. Também o facto de sermos muitos aumenta a probabilidade de haver excepções. No meu ano já houve cadeiras em que 110 alunos chumbaram na 1ª fase e isso não impediu uma aluna de ter 19: o exame era igual para todos, de escolha múltipla a descontar, e todos tivemos o mesmo tempo para estudar para ele. É a tal coisa: a qualidade média dos alunos não muda muito de ano para ano (as variações de notas reflectem mais as mudanças em formas de avaliação, mesmo dentro da mesma faculdade) mas nos extremos há sempre diferenças e, de vez em quando, aparece um ou outro estrondoso.

Já agora, o 18,9 não é da FML... Eu vi as pautas e a nota mais alta era um 18 (e era o único). Também não te esqueças que nós somos mais :P  

O exame para a equivalencia das notas, existe e é mesmo obrigatorio, em casos como pessoas fora da UE. E pelo que sei, não é fácil.
E também convem referir que, essa "equivalencia automatica" de que vocês falam, para as licenciaturas em Espanha, não é uma equivalencia, porque simplesmente não equivale a nada.
Como podem ver, todos têm 10.000, simplesmente porque se têm a licenciatura e ainda por cima reconhecida pela UE, não podem ter menos que 10.000.
É automatica, mas não é nehuma equivalencia.
A escala em Espanha é diferente, mas cada de desses 10.000, tem detras uma pessoa, que tem uma media, numa outra escala de valores, que é simplesmente ignorada.
Existe recentemente uma tentativa por parte da DGES para alterar isto, mas que eu saiba ainda não está em vigor.  

Queria aproveitar para esclarecer um assunto: o exame de equivalência de que falam é realizado em qualquer faculdade de medicina portuguesa. No entanto, apenas alunos que realizaram o curso FORA DA UE o podem realizar. Aqueles que tiraram o curso na UE, como o caso mais comum dos colegas de Espanha, NÃO PODEM REALIZAR ESTE EXAME. Como vêem da UE têm equivalência automática do curso, no entanto, apenas com nota 10!!! O curso é reconhecido mas a equivalência da média de curso não é feita. Parece mentira, não é?! Só em Portugal....infelizmente.  
Enviar um comentário

«Inicial

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Anti-Doping

Uma nova lei será criada. Esta é uma área em que o nosso país procura andar sempre na linha da frente. Será que muitos deixarão de "andar na corda bamba"?
Bom era que outras áreas fossem tão ambiciosas como o desporto é.

Sou eu que sou burro ou...

...esta história está muito mal explicada?
Como é que uns emigrantes que entram em Olhão vão parar ao Porto? Deve haver muito bom algarvio que nunca conheceu qualquer ponto da região Norte, e a um grupo de pessoas que entra ilegalmente no país oferece-se assim uma viagem...
Na minha cabeça não faz sentido, pelo menos sem mais explicação.

Incoerências

A ameaça de cheias é equivalente à ameaça terrorista. Curioso é que o terrorismo apenas ameaça alguns enquanto que as alterações climatérias afectam-nos a todos, uns mais do que os outros. Quando se começam a criar sansões aos USA por não diminuirem as emissões de CO2?

terça-feira, dezembro 18, 2007

Aparências

Contava-me um amigo meu, acabado de regressar de London, que tinha gostado imenso da cidade. Quando questionado em relação à segurança a resposta foi pronta: "medo nenhum...". Ao policiamento visível: "não repareu em nenhum polícia".
Mas que diferenças existirão entre aquela grande metrópole e pequenas aldeias como as nossas cidades?

PS: opto por utilizar o termo London por ser o nome natural da cidade, Londres seria uma tradução e considero que no que a nomes diz respeito não deve haver tradução. Tal como digo Porto e não Oporto...

sexta-feira, dezembro 14, 2007

Fraude já está no Jornal

O que alguns temiam, por considerarem que atenta contra a imagem pública dos médicos, já começa a acontecer. Hoje o Público noticia a fraude da Prova Nacional de Seriação. Para que o caso ganhe mais mediatismo só falta a TVI interessar-se por ele...
Falando mais a sério, gostava de saber o que pensam os candidatos (agora só 2) a bastonário da Ordem dos Médicos. E porque não o pseudo Ministro da Saúde.

Atentado ao património

Soube, por acaso, que iam "matar" o mercado do Bolhão.
Considero o projecto para o novo Bolhão um atentado à história, ao valor patrimonial do edifício,...
Habitação? Mas o Bolhão não é comércio?
Parque de estacionamento? Estou enganado ou existe uma estação de metro mesmo ao lado?
Lamento a falta de visão. É tudo quanto posso dizer, e nada mais posso fazer do que aqui colocar este post. Gostava que este ponto histórico, da cidade do Porto, fosse um atractivo para reanimar a baixa portuense. Tal como Covent Garden se enche, também eu gostava de ver o Bolhão cheio.
Já agora, em Guimarães procura-se uma alternativa à mítica Oliveira. Aí o mercado, perto do Toural, é uma hiótese. Mas porque não o é o Bolhão, no Porto? Talves o dinheiro fale mais alto...

Comentários:

É muito bonito falar...que é a o que a maioria dos portuenses faz..."ai eu não quero que o mercado feche"...mas não vão lá comprar, vão aos shoppings e aos grandes grupos comerciais de alimentação...se em vez de falar agissem isto não chegava a este ponto...O que mais m preocupa é que a câmara municipal do porto ofereça o Bolhão a privados para o transformar no 3º shopping no mesmo quarteirão do Porto (se é que isso é legal) em vez de utilizar os fundos europeus (QREN) para o recuperar...eles existem a câmara é que fecha os olhos...e nem era preciso muito dinheiro, não é preciso parques de estacinamento, só arranjar a estrutura principal estragada pelas obras da estação do metro do Bolhão...é uma vergonha...  

Curioso é que o horário do mercado não permite que qualquer portuense possa disfrutar dele...  

Das 7 da manha as 5 da tarde, 6 dias por semana...10 horas de trabalho...curioso, pensei que o tipico portugues so trabalhava 8 horas, 5 dias por semana...isso não é despulpa para não irem lá e preferirem grandes superficies...vão continuar a dominar este pais e nós a trabalhar para eles e a encher-lhes os cofres enquanto nos pagam uma miséria...  

lá está é um horário que não serve aqueles que trabalham. se não quais são as "horas de ponta" dos shoppings?
por isso mesmo é que defendo que haja bares no Bolhão, de modo a promover a revitalização da baixa, entre outras coisas...  

Pois bem se assim querem, assim seja...eu que nem sou portuense, revolto-me com esta debandada de canalhices que por aí/cá/lá ocorrem ! Esbenjar dinheiros publicos, destruir património cultural em prol de meia duzia, não será um atentado à moral do povo Português. Vejamos 200 e tal milhões de euros gastos na construção de 2km de rede + duas estações do metropolitano, esse dinheiro daria para tirar do "fosso" e melhorar as condições de atendimento e não só de muitos hospitais.Onde param os portugueses das naus catrinetas ?
Boas festas !  
Enviar um comentário

«Inicial

quinta-feira, dezembro 13, 2007

ANEM toma posição contra fraude

Ontem a ANEM (Associação Nacional de Estudantes de Medicina) emitiu um comunicado a denunciar algumas da irregularidades ocorridas antes e durante a prova nacional de seriação. Mas o que significa esta posição? Nada mais do que como resume Pedro Morgado (in Avenida Central), algumas acusações:
«Três dias antes da prova circularam informações por e-mail entre os colegas sobre o conteúdo da mesma, afirmando que no tema de Hematologia sairiam “perguntas repetidas”. Tal veio a confirmar-se, sendo onze das vinte perguntas sobre este tema iguais ou muito semelhantes às do ano anterior, incluindo uma pergunta à qual tinham sido atribuídas duas alíneas correctas pelo júri de recurso do ano passado.»
«relatos situações de fraude na Prova, aos que os vigilantes terão alegadamente respondido com uma atitude pouco mais do que passiva
«A prova não se iniciou, como exige o aviso de concurso, de forma simultânea a nível nacional, tendo a hora de início sido bastante variável, com atrasos verificados de até quarenta e cinco minutos

A ANEM não aponta nenhuma solução. Apenas pede que se procure não repetir no futuro erros do passado. Mas será que alguém acredita nisso? É óbvio que não! Principalmente quando aparecem questões corrigidas em anos anteriores surgirem com erros num exame. A posição da ANEM é muito abragente e pouco concreta e diz-nos em resumo, voltando a utilizar palavras do Pedro:
«Estas situações conduzem inevitavelmente à violação dos princípios da justiça e da igualdade no processo de seriação da escolha de Especialidade, e exigem uma resposta firme de todos os envolvidos»

A vida continua...

Infelizmente, por cá, temos muitas vezes que dizer:
A vida continua.
Sendo um sinal de tantas e tantas injustiças com que vivemos diariamente. Mas para que continuem pensamos em coisas que nos animem e em piadas e no sorriso. Assim este post (o post que se segue a uma questão tão séria) só poderia versar sobre uma pessoa:
José Mourinho
vejam e riam porque rir é mesmo o que vale a pena...

terça-feira, dezembro 11, 2007

A ida para a especialidade

Após um período tão longo de formação "básica" e de enriquecimento curricular porque não um concurso baseado em curriculo para a especialidade? Um concurso em que os candidatos concorressem a vagas por ordem de preferência, podendo optar pelas mais diversas especialidades nos mais variados locais. Considero que nem só o curriculo deve ser valorizado, e que tal como em outras profissões várias provas (a definir pelo empregador, o que poderia varia de local para local) poderiam ser feitas. Aqueles que não fossem colocados continuariam a poder trabalhar como internos (de tronco comum).
Que benefícios há neste método? Desde logo uma aposta na parte da diferenciação pessoal e formação contínua. Existindo assim, uma aposta na investigação, em cursos de pós-graduação, mestrados e douturamentos, publicação de artigos científicos, etc. Além disso terá que haver uma responsabilização do estado e dos especialistas pela valorização das mais diversas especialidades, sendo a política do empurrão menos provável.

Com este post termino uma proposta que penso ser arrojada e contra a corrente que o ministério procura para o nosso país. Contudo penso ser uma proposta que procura melhorar a prática médica nacional, que promove a redução das listas de espera, que incentiva a investigação e diferenciação pessoal,... Acho esta uma proposta que alteraria em muito o pensamento actual, uma alteração para melhor, mas acaba por ser siplesmente a minha opinião...

Comentários:

é uma proposta interessante mas inaplicável no nosso país. Talvez se o nosso país tivesse uma mentalidade mais aproximada da vigente nos países nórdicos isso fosse de facto aplicável.
Na realidade, segue precisamente o caminho oposto áquele que o Ministério da Saúde pretende actualmente. O MS pretende é pressionar os futuros médicos a ocupar vagas como MGF, Saúde Pública, anatomia Patológica e não ter médicos motivados e felizes por trabalharem em áreas de seu agrado.

Talvez uma ideia não tão utópica fosse mais viável e um primeiro passo....
Não nos livrariamos jamais era do seguimento dos especialistas sempre da mesma família como no passado. Muito mais quando se percebe que o lobby da criação de faculdades de medicina privadas se prepara para vencer  
Enviar um comentário

«Inicial

segunda-feira, dezembro 10, 2007

O internato e tronco comum

A meu ver um internato inferio a 2 anos não faz grande sentido, principalmente porque esse é o tempo estabelecido pela ordem dos médicos para que um médico garanta a sua autonomia. Assim, defendo que ao longo do internato geral, com a tal duração dos 2 anos, as passagens por medicina interna, clinica geral e cirurgia geral sejam obrigatórias. Se cada uma destas tiver a duração de 4 meses, completando 1 ano, ainda existe tempo para a realização de mais 3 "rotações" opcionais.
Após a realização do internato geral deveria existir uma primeira escolha entre um ramo médico ou cirúrgico, o que levaria a um novo período de 2 anos de internato numa dessas áreas. Ao longo deste período o jovem médico, além de várias rotações por entre diversas especialidades do tronco pretendido, teria de se propôr a exame de medicina ou cirurgia. Exame esse composto por diversos patamares, independentes e ordenados: prática, teórica e oral. Assim sendo sem que a aprovação na componente prática fosse obtida não seria permitido o acesso à teórica e sem estas duas à oral. Estes exames deveriam ser realizados mais do que uma vez ao ano e estar sobre a alçada da Ordem dos Médicos e seus colégios da especialidade (medicina interna e cirurgia geral).

Que benefícios traz este método?
  • promove um maior interesse pela componente prática e "devoção" ao doente (que no modelo actualmente existente em Portugal, practicamente não existe)
  • promove a valorização curricular pessoal (quanto mais um interno trabalhar maior se torna o seu curriculum e maior a confiança do "chefe")
  • promove a diferenciação médica vs cirurgica (não faz sentido que um aluno decore "trivialidades" sobre medicina interna, se pretende uma diferenciação cirúrgica; e vice-versa)
  • liberta os especialistas para um trabalho mais diferenciado, tendo menos trabalho de enfermaria, onde apenas têm que discutir os casos com os internos e ver os doentes 1 ou 2 vezes ao longo do internamento.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Acesso ao internato

Um acesso diferente ao internato pode provocar uma revolução na maneira de pensar e de ver as instiuições académicas. Se forem os hospitais ou serviços a escolherem os seus internos gerais, a formação dada ao longo da faculdade é mais valorizada. Já sei que me falarão das cunhas. Mas será que a média, como único método de seriação, é justa?
Comparando um aluno que tem que trabalhar para pagar o seu curso e outro que tem todo o tempo para se dedicar ao estudo. O que valerá mais, uma média de 13 no primeiro ou uma de 14 no segundo? Por isso mesmo o acesso ao internato deve ter em conta todas estas pequenas quetões, que fazem toda a diferença. Não só em termos de trabalho mas também em termos de pensamento. Será que um chefe de serviço de medicina interna quererá um acérrimo defensor da eutanásia a trabalhar no seu serviço?

Assim o que proponho é uma candidatura ao internato geral através de:
  • curriculum vitae;
  • média de curso e faculdade onde obteve a sua licenciatura;
  • entrevista presencial;
  • candidatura a vários locais por ordem de preferência.

Será que estou a ser muito pretencioso?


Comentários:

Diz que até não é um mau blog, para este blog.

http://enfermagemnaoso.blogspot.com/

Abraço  
Enviar um comentário

«Inicial

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Uma proposta de solução

Como está mais do que visto este sistema não funciona. Copianço, acesso a exames antecipadamente, um sem número de questões que desvirtuam um método potencialmente transparente. Mas será que um simples exame é o ideal para decidir o futuro de tantos médicos? Julgo que não! Não raras vezes na altura em que têm de preencher a sua vaga, ainda não há uma decisão sólida e amadurecida sobre a especialidade a escolher.
Com o propósito de criar um acesso mais justo, uma escolha mais simplificada e ponderada, uma formação médica mais prática e direccionada para a população, com maior incentivo para a formação contínua e investigação médica, proponho o seguinte modelo (em tudo semelhante com o modelo inglês, que actualmente sofre algumas modificações):
  1. instituição de um internato geral de 2 anos, seguido-se um novo biénio de tronco comum;
  2. realização, ao longo do tronco comum, de provas de acesso aos colégios de medicina ou cirurgia, consoante o tronco médico ou cirúrgico;
  3. concurso de acesso à especialidade.

Para não me tornar excessivamente massudo desenvolveremos estes pontos em posts futuros.


Comentários:

tou curiosa!!  

Ninguem duvida que seria melhor. Mas toda a gente sabe que vivemos no país onde o factor C impera. Para mim o mais importante nas provas de acesso é garantir igualdade de oportunidades e uma avaliação Objectiva. E em Portugal, não é com entrevistas ou provas práticas que se consegue isso...  

prova de acesso a garantir igualdade de oportunidades, em Portugal? devo estar a sonhar. E o copianço?
as entrevistas também podem ser bastante objectivas, tal como os restantes métodps de "avaliação"...epere para ver...  
Enviar um comentário

«Inicial

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Fraude, fraude, fraude,...

Quando é que isto vai parar?
Para quê 1 ano a estudar?

Aqui ficam mais algumas sitações da fraude que é este exame:

como é possível “deixarem passar” e aceitarem o exame a alguém que o fez consultando o Harrison?

como é possível terem fornecido a chave de respostas a um colega, que só comunicou que a tinha a meia hora do fim do exame? COMO É POSSÍVEL?!?!?


Comentários:

Plos vistos a história nao foi bem assim, o colega n tinha a chave...pediu foi outra folha para colocar respostas e a que lhe deram já estava prenchida...  

Sim...mas ele disse alguma coisa ou ficou caladinho e agradeceu por lhe ter saido a sorte grande, apesar de saber que ao aceitar aquela folha ficava numa posição de vantagem injusta para com os colegas? E mais...acho muito estranho o vigilante não ter notado que a folha já estava preenchida!!! Provavelmente por ele próprio!! Temos de começar a por valores como a honestidade acima de alguns objectivos. Afinal não pode valer tudo para se ter o que se quer!!!  

curioso é que, pelo menos na minha sala, as folhas de respota foram dadas em tempo diferente do enunciado e em isolado.
Terá sido um lapso? Não me parece...  

já me ia esquecendo:
1. como é que quem faz o exame não vê que a folha já está preenchida?
2. como é que as folhas vindo numa embalagem selada podem estar preenchidas?  

Todos os anos é sempre a mesma coisa.... Para não falar nas fraudes que se fazem DURANTE a escolha... ou das vagas que não aparecem nas listagens e depois são, sabe-se lá como, ocupadas...

Um abraço e boa sorte  
Enviar um comentário

«Inicial

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Petição online

Já se encontra online a petição contra as irregularidades, mais propriamente sobre a falta de condições e ao copianço generalizado que se viu um alguns pontos do país.

Assina aqui:
http://www.petitiononline.com/IM2008/petition.html

Comentários:

A Sua Excelência o Ministro da Saúde,
A Sua Excelência o Secretário de Estado da Saúde,
Ao Exmo. Sr. Bastonário da Ordem dos Médicos,
Ao Exmo. Sr. Presidente do Conselho Nacional do Internato Médico,
Ao Exmo. Sr. Presidente do Júri da Prova Nacional de Seriação,


Exmos. Senhores,

Os signatários deste manifesto vêm por este meio expressar a sua indignação no que respeita às diferentes condições de realização da Prova Nacional de Seriação para candidatura ao Internato Médico 2008. Em relação a este aspecto gostaríamos de salientar os seguintes pontos:
• O número de candidatos ao IM2008 aumentou significativamente em relação ao ano transacto, pelo que os espaços para realização da referida prova se revelaram insuficientes para albergar o crescente número de candidatos. As condições para a realização da prova têm vindo a degradar-se, tendo atingido o limite do razoável.

• Em relação ao ponto anterior, gostariamos de referir especificamente o caso dos anfiteatros da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, onde a capacidade máxima dos mesmos foi praticamente esgotada; no anfiteatro 3, com lotação para 196 pessoas, foram colocados 186 candidatos, e no anfiteatro 2, com capacidade para 140 pessoas, estavam 130 colegas. Este facto, aliado a uma clara desproporção no número de vigilantes, permitiu a livre troca de informações entre os candidatos, resultando na resolução da prova por grupos de dois ou mais candidatos. Tal é ainda agravado por ter sido permitido a cada candidato a escolha do seu lugar dentro do anfiteatro, facilitando assim a colocação junto aos pares habituais de faculdade, tornando acessível todo o processo de “partilha de conhecimentos”. Perante tudo isto, os vigilantes mantiveram uma postura permissiva, limitando-se a pedir aos candidatos que fossem menos explícitos nos seus esforços de comunicação. Naturalmente estes factos foram testemunhados por vários colegas que se encontravam nestes anfiteatros e que, caso seja considerado necessário, estarão disponíveis para os confirmar oficialmente.

• Para além disso, os horários da prova nacional de seriação não foram cumpridos, havendo atraso no início da prova (marcado para as 15h) em vários locais e prolongamento do tempo de realização da mesma (2h e 30 min) noutros.

• Outro ponto pertinente é o facto de entre as 20 questões relativas ao tema “Doenças do Sangue”, 11 delas serem repetidas da prova de Dezembro de 2006, com apenas pequenas alterações, mantendo o tema, a estrutura e a resolução geral das mesmas. Deve mesmo realçar-se que questões cuja correcção havia já sido alterada, foram recolocadas mantendo as incorrecções (nomeadamente a questão 70 na prova azul deste ano). Além disso, cerca de dois dias antes da realização da prova circulou a informação que várias questões sobre este tema seriam repetidas, o que se veio a verificar.

Noutra perspectiva pretendemos mostrar o nosso desagrado pela forma como o processo de ingresso no Internato Médico tem sido gerido pela entidade responsável, a Autoridade Central para o Sistema de Saúde (ACSS). Apesar de o mesmo ser regulamentado por aviso de abertura do concurso, publicado em Diário da República, têm ocorrido várias irregularidades:
• Publicação do aviso de abertura de concurso menos de dois meses antes da realização da prova;
• Incumprimento dos prazos de publicação das listas de candidatos admitidos a concurso, distribuição dos candidatos por local de realização da prova e estabelecimentos onde poderá ser realizada a formação do ano comum do Internato Médico (IM) 2008-A.

Atendendo a que este concurso decidirá o destino de cerca de um milhar de futuros especialistas que devem ser compensados pelo esforço de longos anos de trabalho e dedicação, consideramos inadmissível que a seriação seja deste modo contaminada nas suas principais virtudes, rigor e objectividade. Estando, afinal, a respeitabilidade da profissão Médica intrinsecamente relacionada com os valores éticos e morais por nós defendidos, não podemos compactuar com este tipo de situações de injustiça. Gostaríamos que V. Exas. tivessem em consideração a desigualdade de resultados que se evidenciará seguramente na correcção das provas de acordo com o local onde foram realizadas.
Desde já manifestamos a nossa disponibilidade para propor novas soluções e medidas no sentido de evitar que este tipo de situações se repita, para bem dos nossos futuros colegas e da credibilidade do processo. Desta forma entendemos que este concurso deveria ser anulado, promovendo-se a realização de prova nacional de seriação extraordinária para todos os candidatos admitidos aos IM 2008A e 2008B. Em alternativa, propomos que nos seja permitida a admissão ao concurso IM2009. Consideramos que estas são as únicas formas viáveis de manter a integridade e condições de igualdade no concurso de ingresso ao IM. Naturalmente manifestamos a nossa disponibilidade para colaborar em todo este processo.
Agradecemos desde já a celeridade da vossa resposta, conscientes de que V.Exas. terão em conta a importância deste processo.  
Enviar um comentário

«Inicial

Apenas mais uma experiência...

Deixo aqui escrito o texto a que o Beg, no seu comentário, faz referência no post anterior.

Foi inacreditável o que se passou! Sinto-me revolatada... melhor... furiosa com a trafulhice que foi este exame! Eu estive no anfiteatro 2, em Campo de Santana e nem consigo descrever o que se passou! Era um anfiteatro com capacidade para 140 e foi preenchido com pouco menos do que 130 pessoas (isto porque faltaram alguns). Ainda o exame não tinha começado já estava um fulano do concurso B de barbas brancas a perguntar à colega que estava ao meu lado se podia copiar por ela dizendo que não havia problema algum porque, como ele era doutro concurso não ia tirar nenhuma vaga à colega!!! Depois... Quando começámos o exame, foi um circo! Até uma das próprias vigilantes pediu para que não fossem todos "tão" indiscretos!

Como se não bastasse... HOUVE UMA FULANA QUE PASSOU O EXAME TODO A CONSULTAR O HARRISON DE BOLSO... FOI APANHADA E APENAS REPREENDIDA!!!!!!!!!!!!!!!!! "- O EXAME NÃO É COM CONSULTA" SEM QUE MAIS NADA FOSSE FEITO!!! isto é verídico!!!!!!!!!!!!!!! como é possível?!?!!?!!!!!?!!!!?!!!? No fim do exame as folhas de resposta demoraram uns bons 10 minutos a chegar à mãos dos vigilantes porque iam literalmente descendo em molhos de mão em mão, ao longo de cada coluna, e amíude paravam nas mãos de pessoas que se punham a confirmar as suas próprias respostas!!!!!!!!!!!!! Temos de fazer qualquer coisa! Já tinha pensado em ir queixar-me à ACSS e ir à televisão ver se era possível expor esta situação porque é inadmissível que o Exame de acesso a especialidade seja feito nestas condições. Não só estão a menosprezar o nosso esfoço como estão a tornar a escolha das especialidades um processo totalmente desfazado dos conhecimentos de quem é examinado! É no mínimo frustrante chegar a este ponto, depois de tanta luta, tanto esforço e sacrifício e vermo-nos a braços com a ideia de que vamos entrar num sistema em que reina a trafulhice! Nós temos o poder para mudar as coisas se quisermos! Isto tem de acabar! Chega de cruzarmos os braços e rezignarmo-nos com o que está mal!!! Temos todo o direito de fazer o maior
alarido possível em relação a esta situação! Afinal de contas, estamos a competir pelo nosso futuro!

PORQUE NÃO CRITICAR DIRECTAMENTE QUEM COPIOU? NÃO DEIXA DE SER VÍGARO! Errar é humano mas... quem garante a quem copia que o do lado não copia mais e melhor?!?!?! Quem gararante a quem copia que o facto de terem sido permitidos tais abusos não o prejudica principalmente a ele? Ninguém! PORQUE TODOS SOMOS PREJUDICADOS NESTA HISTÓRIA! A minha sugestão era convocarmos o maior número de pessoas possível, e termos uma reunião com carácter de urgência para discutirmos o que vamos fazer. Temos de por todas as Faculdades ao corrente da situação... Ao que parece no Porto as coisas decorreram sem incidentes e o exame foi feito com o rigor merecido.

Vamos gritar aos quatro ventos para reunirmos o máximo de vozes e aí actuarmos com rapidez e inteligência! Certamente se conseguirmos unir forças temos no capacidade para dizer não a este ultraje! Não há pravas, bem sei, mas há testemunhos! Nem que tenhamos de levar isto até à últimas consequências! Para além desta história ser um óptimo furo jornalístico, ia deixar indignada e revoltada toda a opinião pública! Afinal de contas, quem é a pessoa que gosta de pensar que consulta médicos trapaceiros, que não chegaram à condição actual por mérito próprio?! Pelo menos esta vez vamos dizer basta! Chega de termos chicos-espertos a passarem-nos a perna! Tenho o direito de dizer que não quero que NINGUÉM que tenha copiado me passe à frente no ranking!! É legítimo! Acho que temos inclusivé capacidade para conseguimos impugnar este exame e exigir novo exame em Julho em condições irrepreensíveis!


Comentários:

Ao que parece esta colega não tem lido o nosso blog, porque embora não tão escandalosas, também no Porto houve irregularidades já inumeradas em posts anteriores. Entre elas a "conferência" de respostas que se pode estabelecer em algumas salas, ou os vigilantes a assinalarem respostas...  

É isso mesmo! temos que ir avante!´
Cada ano que passada a porcaria é maior! não dá para aceitar "deixa lá não te revoltes já sabes que há sempre ilegalidades"! já sei??!!!
Não! vamos adiante!!!  
Enviar um comentário

«Inicial

domingo, dezembro 02, 2007

Luta contra a seriação falaciosa

Passo a transcrever um email que recebi:
Olá a todos!
Decerto que já todos sabem o que se passou nos anfiteatros (principalmente o 3) da faculdade de campo de santana, aquando da realização do exame. Para quem não sabe, basisamente os relatos de colegas foram que puseram 186 pessoas num anfiteatro de 196, e que os vigilantes basicamente deixaram aquilo tornar-se um autêntico circo, com muitas pessoas a fazer exame em conjunto, outras a copiar, etc. A A.F.R., por considerar, tal como a grande maioria das pessoas certamente, esta situação inaceitável numa prova deste carácter, falou com uma amiga advogada que lhe sugeriu redigir uma carta a expôr toda a situação que se passou, expressando a indignação pelo sucedido, enviando-a posteriormente para várias entidades, nomeadamente o Ministério e a Ordem dos Médicos. Para alem disso, esta situação vai provavelmente ser exposta também na televisão. Para isto acontecer, era necessário que todos os que achem que de facto situações daquelas só mostram o desrespeito que esta gente do ministério tem por nós e por uma prova para a qual desperdiçamos tanto do nosso tempo, enviem um email com o seu nome completo, nº de BI e se possível nº de cedula da ordem, para que se possa acrescentar no final da tal carta. Esses dados devem ser enviados para o seguinte email (não enviem para mim ok? so mesmo para este email): internato2008@gmail.com. Para além disto, combinou-se para 2ªfeira, uma ida à ACSS na pinheiro chagas, para falar com alguem responsável, para entregar a carta e para preencher o livro de reclamações, já agora acrescentando todas as situações até agora passadas, desde a não publicação das vagas para o ano comum a tempo, como o atraso em todo o processo relacionado com a inscrição na prova. 2ª feira às 10.30h no Egas para quem quiser aparecer. Já sei que muitos pensam que isto não vai dar em nada, e provavelmente é isso que vai acontecer, mas pelo menos marca-se uma posição e talvez se impeça isto de contecer no próximo exame porque realmente é um total absurdo. Não se pense que estamos aqui a julgar os colegas que copiaram porque o mais grave veio da parte de quem deu as condições para que aquilo acontecesse.
internato2008@gmail.com, com nome completo, BI e cedula da ordem.
Bom fim-de-semana a todos.

A juntar a alguns casos já aqui e aqui (no comentário) relatados, temos mais este grando erro a afectar a seriação e a seriedade. É preciso encontrar alternativas! Enviem algumas sugestões para: ossopartido@gmail.com.

Comentários:

Acho a iniciativa muito boa mas é um erro pedirem os dados para as pessoas subescreverem uma carta que nem leram... pensa nisso, se carta for dada a conhecer até poderia haver uma maior adesão!!! E para além das condições para copiar o acto de copiar é por parte desses nossos "colegas" concorrencia desleal, falta de caracter e gozarem com a nossa cara!  

ve no forum do medico interno e lê as declarações da Filipa Palhava sobre o que se passou em Santana(pág 13 do tópico IM 2008).
Qanto ao comentário anterior concordo na íntegra com ele.  
Enviar um comentário

«Inicial

sábado, dezembro 01, 2007

Era uma vez no país da fantochada

As histórias do exame surgem em ritmo alucinante.
Estou à vontade em enumerar defeitos neste sistema pois sempre o contestei. Aproveito esta ocasião para lançar mais algumas "farpas".
E que tal um dos elementos do júri responder a uma pergunta? Ajuda, não? Conferir as respostas com o colega da frente, também ajuda, o máximo que se pode ouvir é um esteja calado pois ninguém tem coragem para anular esta prova tão importante e acima de tudo séria.
É esta a seriedade do nosso país, onde aqueles que mais fogem ao sistema são os mais benificiados... que pobreza de espírito...