terça-feira, maio 22, 2007

Ensaios de aprovação

Os doentes que tomam roziglitazona, usada no tratamento da Diabetes Mellitus II, têm um risco de enfarte superior em 45%, quando comparados com outros que tomam um placebo.

Como são aprovados os medicamentos? Serão os ensaios apresentados fiáveis?

Comentários:

São de lamentar ue episódios desses aconteçam.
Mas coloco uma questão: Existiu diálogo entre hospitais? Os responsáveis desse turno contactaram o dito hospital para questionar o porquê de enviar o utente?  

Caro osso:

Mais uma vez não podemos acreditar cegamente em tudo o que lemos mesmo sendo o New England Journal of Medicine. O estudo é uma meta-análise cheia de fragilidades. O próprio autor (prof Niessen) reconhece a fragilidade de resultados e de metodologia. Tirar conclusões definitivas baseadasa em valores de OR com p de 0,03 e 0,06 é um pouco arriscado. Tb não foi novidade a rosiglitazona poder estar associada a risco CV aumentado (essa tendencia, ainda que sem significado estatistico, já se havia observado nos 2 principais estudos realizados com o fármaco).

E tb não se pode cair no extremo de incutir o pânico nos doentes a tomar rosiglitazona. Na pior das hipóteses um estudo em curso, devidamente randomizado e desenhado para avaliar o efeito da rosiglitazona nos eventos cardiovasculares e que estará concluido em 2008, irá demonstrar que as tiazolenedionas não diminuem (ou aumentam) a incidencia de eventos cardiovasculares.

Será prudente aguardar análise cuidada dos dados antes de gerar o pânico e atirar pedras...  

O estudo é uma meta-análise cheia de fragilidades. O próprio autor (prof Niessen) reconhece a fragilidade de resultados e de metodologia.

Este excerto do comentador anterior poupa-me o trabalho de me alongar sobre o risco de por em causa apenas uma das partes,que presumo tenha feito aquilo que é mandatório antes de ter um medicamento aprovado pela FDA e EMEA.  
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