quinta-feira, novembro 08, 2007

As 50 melhores universidades

Aqui estão as 50 melhores. Nenhuma portuguesa se encontra lá, poucas europeias (excepto Inglaterra).
Será que Bolonha vai alterar alguma coisa?

Comentários:

Creio que oque verdadeiramente está em causa é uma questão de mentalidades. Bolonha, se introduzir alterações para além do tempo que se demora para concluir uma licenciatura, só alterará este cenário se, concomitantemente, implicar mutações ao nível das mentalidades o que, a verificar-se, só terá resultados daqui a uns aninhos...  

Concordo com o que diz. Contudo Bolonha, pelo que sei (o que é pouco), apenas veio alterar a duração e grau académico dos cursos.
Vejamos o exemplo da FMUP em que os alunos que terminarem o curso no final deste ano lectivo, com 6 anos de formação, entregando um conjunto de 5 folhas com um trabalho (vulgo monografia) terão o grau de mestres. Enquanto todos os anteriores finalistas quantas monografias não fizeram ao longo do curso? e mesmo assim são apenas licenciados. Estes últimos para serem mestres teriam que acrescentar algo de novo à ciência.

Tenho pena que Bolonha não seja mais do que alterar uma data de títulos que muito aumentam o ego (e nada mais) a alguns.  

Sim, é verdade, também temo que, pelo menos a médio prazo, essa seja a única consequência ou, pelo menos, a mais evidente.
Na FDL o curso de Direito é, actualmente, de quatro anos. Ora isto significa que, daqui a uns anos, teremos Pós-Graduados ou mesmo Mestres em Direito ao fim de cinco anos de estudos superiores. Eu estudei os cinco anos e imagino-me, se de facto decidir fazê-lo, a candidatar-me à magistratura com Mestres em Direito que estudaram os mesmos cinco anos que eu!

Outra consequência imediata: o aumento do custo da formação académica pós-licenciatura. Confesso que também me questiono se, agora, o conteúdo programático das pós-graduações e mestrados não será ponderado por forma a colmatar eventuais défices provocados por uma brusca diminuição da duração dos cursos sem uma verdadeira reestruturação curricular, para não colocar em causa a aquisição de conhecimentos técnicos e metodologias indispensáveis…

Talvez por isso a minha ideia de fazer um mestrado para aprofundar os meus conhecimentos técnicos numa área que se reveste de especial importância para o exercício da minha actividade profissional tenha ficado em “stand by”. Não estou segura e esta verdadeira corrida a títulos nada me diz. Nunca foram eles que me motivaram. Bem longe disso.

Tudo isto para dizer: temo que todas estas mutações ao nível quantitativo nos planos de curso dos cursos do ensino superior não se traduzam num efectivo e concreto desenvolvimento ao nível do que verdadeiramente é importante…  
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