domingo, novembro 04, 2007

Tempo e Tempos

Já aqui não passo há algum tempo. Coisas dos livros, do cansaço, da mania, dos objectivos (por vezes maiores que as capacidades...),... Começa a chegar a altura em que apesar da fadiga e da sensação (ou realidade) de ignorância goataria que o tempo voltasse para trás. Mas este exame se muitas coisas negativas tem há uma em que existe mérito: mostra que é muito difícil (se não impossível) saber tudo, que existem limites, que o médico não cria, não faz desaparecer apenas interfere com a transformação. No fundo não é um Deus (seja ele qual for consoante as nossas crenças).
É este "factor" Deus que nos leva à parte dos Tempos. Se já no passado foram travadas batalhas evocando a vontade divina, é na actualidade também esta uma razão para criar conflitos. Mas a religião é mais do que conflitos, desde sempre o homem teve necessidade de "criar" um ser superior para que a sua vida tivesse algum "objectivo". Nos nossos dias o que ocorre é a contestação da religião (por cá mais a católica). Se não houver a parte espiritual a que se singe o homem? Ao material... Será objectivo suficiente?

Comentários:

Boa noite.
Muitas vezes me coloco essa questão e fico assustada se penso no sentido de tudo o que faço a partir de uma perspectiva meramente material. É que, a ser assim, não me parece que tenha mesmo sentido nenhum e a simples ideia é assustadora.
Sou suspeita porque tenho Fé em Deus (sou católica). Mas, poder-se-ia dizer, numa análise um pouco simplista, que tenho tudo mais facilitado. Não creio que seja assim. É reconfortante quando penso que a minha vida tem, de facto, um sentido que transcende o seu âmbito material, mas esta crença faz com que seja exigente comigo, com a minha conduta. Todos os dias...
Quanto à religião, que é instrumental relativamente à Fé, sim, sempre esteve envolta em conflitos mas também concordo que, mais que esse aspecto, ela se caracteriza enquanto expressão universal da procura de sentido para a nossa existência.  
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