domingo, novembro 11, 2007

Banda

Ao que parece a banda continua a tocar... mas será música ou ruído?
Quando se dão(!) bandas gástricas é porque a saúde está no caminho certo e pouco mais há a fazer. Será isso que se passa em Portugal?
Como creio que o cenário nacional é diferente deixo aqui uma sugestão. Já que há tantos funcionários públicos, neste caso médicos, porque não rentabilizá-los? Antes de se darem as bandas porque não oferecer vales para o ginásio? Com esta prática poderiamos criar um meio de saber quais os que têm realmente vontade de emagrecer (sabendo quem faz exercício ou não). Após estabelecermos essa diferença ainda temos a opção da terapêutica farmacológica. A meu ver, a opção cirúrgica apenas deveria surgir em último caso, e em doentes que cumprissem (pelo menos) todos estes patamares. Ainda haveria mais uma coisa (no mínimo) a fazer, que seria educação (coisa que em Portugal não existe, actualmente) alimentar nas escolas (por exemplo).
Esta é uma situação em que o clinico geral deve ter muita influência, mas para tal devem ser estimulados... o que não ocorre por cá.

Comentários:

Honestamente penso que a generalização do recurso às bandas gástricas, sim porque creio que é esse o rumo que se está a seguir, é mais uma cedência oa facilitismo e ao imediatisto.
É que fazer dieta para emagrecer exige sacrif´cio e os resultados não são, ou não deven ser, imediatos. Não me parece que seja muito apelativo numa sociedade que pretende obter tudo a curto prazo...  

Onde se lê "oa", "imediatisto", "sacrif´cio" e "deven" deverá ler-se: "ao", "imediatismo", "sacrifício" e "devem"!!!  

É uma pena que isto ocorra também em Portugal. No Brasil, um país onde ainda se morre de diarréia e desidratação, também há estes disparates de má utilização de recursos. As pessoas gordas precisam de tratamento psiquiátrico, acompanhamento psicológico e principalmente, parar de comer e melhorar a qualidade do que comem, praticar exercícios. Não existe gordo sem comer. Os judeus dos campos de concentração que o digam. Sozinho é difícil? Mas se não houver um pouco de colaboração por parte do doente, continuarão gordos porque emagrecer requer sacrifício, trabalho, tempo, persistência, perseverança e é uma corrida de resistência e não de velocidade.  
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