quarta-feira, maio 31, 2006

Pois é...

Encontrei o doente, de que vos falei da última vez, na enfermaria e perguntei-lhe como tinha corrido a cirurgia.
Para espanto meu, diz-me que tinha sido meio-operado.
Meio-operado!! (disse eu, para com os meus botões, ao mesmo tempo em que fazia uma cara de espanto)
Pois é, doutor! Querem fazer omoletes sem ovos!
(eu, mero aluno, continuava na ignorância do porquê de tais afirmações, mas não por muito tempo) Como assim?
Então, fui para baixo na 5ª e eles começaram a fazer o trabalho mas deixaram a meio. Ao que parece não tinham o material todo. (a enfermeira diz o mesmo ao lado, foi por falta de material)

Agora este senhor (que já teve azar no modo como a patologia de que padece se instalou) vai ter que ser reintervencionado e ficar internado mais uns quantos dias (lembro que o primeiro internamento durou 40 dias).
Não parece mas é verdade, isto passa-se num hospital universitário (litoral, povoado e não interior despovoado e "fechado"), em Portugal, no século XXI.

Comentários:

Qaulidade de cuidados (ou falta dela)!
Boa noite  

Estas situações vão ser cada vez mais frequentes nos hospitais portugueses.
na boca do Sr. Ministro é o combate aos "desperdícios"...
Para quê fazer uma intervenção se meia remedeia?  

o combate ao desperdício é tanto que se acaba por gastar mais. duas meias operações ficam mais caras do que uma.  

Que barraaca :/  

Vim aqui ter, no meio das minhas incursões cuscas pela blogosfera...
E gostei do que li... muito bem Sr. Dr.!
Vou continuar a visitar o blog... e dentro dos meus conhecimentos comentar..
Pode ser?
Um abraço,
Cláudia  

Isso foi no Hospital de Faro??
Só pode...  
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