quinta-feira, outubro 18, 2007

Cirurgião com HIV

Esta notícia merece alguma reflexão:
  • devem os doentes ser informados da situação clínica do seu médico, devido ao aumento (se bem que ligeiro) do risco de infecção?
  • neste caso o "rastreio" foi aceite, mas também pode ser rejeitado pelo trabalhador. O que fazer nessas situações?
  • poderá o hospital, unilateralmente, atribuir novas funções a este cirurgião, nomeadamente proibição da entrada no bloco operatório, de modo a diminuir custos com medidas de combate à infecção?

aqui estão algumas reflexões do bastonário da OM.


Comentários:

Quando os médicos não se mexem em alterar uma Realidade que lhes bateu à porta, alguém tem que alertar para incongruências, não acha?

Ou tb pensa que a realidade era correcta? Aja com maturidade intelectual. Demagogias, não! Penso que a O.M. pecou por tardia, foi criticada, com razão! Com a lei do aborto, existem graves incompatibilidades que precisam de ser alteradas. Outras Ordens profissionais já procederam a esta alteração. Imobilismo!! Precisamos sim é de mudança! Quanto a frase, quem é o governo para mandar um ? Não deveria ser ele a mandar deveria ser a Ordem a tomar a inciativa, bem como dizer a alguns colegas, que se recusam a fazer um aborto no publico, mas fazem-nos na privado. Conheço alguns casos, já falei com as pessoas e intelectualmente sinto-me questionado sobre se a nossa Ordem está a fazer um bom papel neste ambito!

Quando os primeiros casos de denuncia surgirem, os médicos, nós teremos mais uma vez que ouvir, o que o "governo manda, pois mais uma vez nao soubemos intervir atempadamente, como outras Ordens profissionais- dou o exemplo de uma Ordem recente, a dos enfermeiros, que já alterou o seu codigo e enviou na sua revista um alerta de sanções caso a incompatibilidade aborto publico\privado acontecesse. Li e fiquei pasmo com que a nossa Ordem tenha ficado paa tráz!

Ouvi as declarações do ministro e do nosso bastonario, tive pena e vergonha de o ouvir falar. Mas tem razão quem é o governo para propor a alteração... Deviamos ser nós a propo-lo. Que lhe parece?

Dr.Pimenta R.  
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