quinta-feira, dezembro 23, 2004
Avós
Pois é... Cá o medman também tem avós... Que também têm doenças. Que também têm médico. E que também acham que a culpa é sempre do respectivo...
Segundo uma das minhas avós (que recentemente mudou de médico), o outro (do qual se queixava constantemente) é que era bom!!!
- Fiz muitos exames com ele!!! Aquilo é que era uma categoria... Este agora, nem me manda para a fisioterapia, passa a consulta toda calado... Eu entro e ele nem me diz nada...
E tudo isto completamente resistente à lógica... Que os exames não curam, que não devem estar sempre a ser pedidos, que há muitos sintomas que são da "idade"...
Mas não adianta... O efeito terapêutico dos "exames" é quase tão grande como o "medir as tensões" ou como "uma boa conversa".
Faz-me sempre lembrar a história de quando Deus veio visitar um centro de saúde português e assombrado com a "barafunda" resolveu dar uma ajuda e ir fazer umas "consultas". Ao primeiro doente que vê, um paraplégico diz: levanta-te e anda. E o homem levantou-se e andou. Quando chegou à sala de espera (já sem cadeira de rodas) os outros utentes perguntaram-lhe que tal era o médico novo. Ao que ele respondeu: - A m*rd* do costume. Nem sequer me mediu as tensões!!!
Resta lembrar os Srs Drs para a imperiosidade de comunicar com os doentes. Se pedir os exames e as "fisioterapias" indiscriminadamente e apenas para agradar aos utentes é sem dúvida "má-prática", comunicar, explicar e fazer-se entender (por muito atulhado em trabalho e stress que se esteja) é imperioso para praticar Medicina correctamente...
Segundo uma das minhas avós (que recentemente mudou de médico), o outro (do qual se queixava constantemente) é que era bom!!!
- Fiz muitos exames com ele!!! Aquilo é que era uma categoria... Este agora, nem me manda para a fisioterapia, passa a consulta toda calado... Eu entro e ele nem me diz nada...
E tudo isto completamente resistente à lógica... Que os exames não curam, que não devem estar sempre a ser pedidos, que há muitos sintomas que são da "idade"...
Mas não adianta... O efeito terapêutico dos "exames" é quase tão grande como o "medir as tensões" ou como "uma boa conversa".
Faz-me sempre lembrar a história de quando Deus veio visitar um centro de saúde português e assombrado com a "barafunda" resolveu dar uma ajuda e ir fazer umas "consultas". Ao primeiro doente que vê, um paraplégico diz: levanta-te e anda. E o homem levantou-se e andou. Quando chegou à sala de espera (já sem cadeira de rodas) os outros utentes perguntaram-lhe que tal era o médico novo. Ao que ele respondeu: - A m*rd* do costume. Nem sequer me mediu as tensões!!!
Resta lembrar os Srs Drs para a imperiosidade de comunicar com os doentes. Se pedir os exames e as "fisioterapias" indiscriminadamente e apenas para agradar aos utentes é sem dúvida "má-prática", comunicar, explicar e fazer-se entender (por muito atulhado em trabalho e stress que se esteja) é imperioso para praticar Medicina correctamente...