segunda-feira, março 20, 2006

Aborto...

Pelo que nos é sugere o consumo de pílula do dia seguinte a questão do aborto não deve ser abordada novamente. Pode haver muitos argumentos a favor e outros contra, mas é necessária uma melhor educação para a saúde de modo a que medidas como o aborto possam ser discutidas (e possivelmente instituídas).


PS:
Gostava só de lembrar Sérgio Vieira de Mello, 3 anos depois do início da invasão do Iraque, que disse que aquele era um país muito complexo e que a sua invasão era a pior solução e que muito provavelmente surgiria uma guerra civil.
E ainda lamentar o preço da "rega dos compos de golf".

Comentários:

quanto à questão educional, estamos de acordo.
Agora misturar a pílula do dia seguinte com a interrupção voluntária da gravidez (aborto, como lhe chamam os contra)é...demais!  

Não considero a comparação da pílula do dia seguinte com a interrupção voluntária da gravidez disparatada. Nenhum dos dois deve ser utilizado como método anti-conceptivos. Entretanto é o que se tem verificado com este tipo de pílulas. Daqui podemos pensar que o mesmo ocorrerá com o aborto, se ele for aprovado, sem a tal educação.  

Nenhuma é um método anti-conceptivo. De acordo!

A pílula do dia seguinte é, penso, tomada no sentido de reparar uma imprevidência ocasional. Muitas vezes não há qualquer concepção. Mais ou menos: "o seguro morreu de velho".

A IVG é um tremendo choque para a mulher que concebeu mas que não deseja, ou não pode ter, um filho. Não vale a pena discutir as razões. Elas serão sempre - no meu entender - ponderosas, dolorosas e incontornáveis. E muitas vezes solitárias.
Não creio que a legalização da IVG banalize a sua utilização para além da que hoje (ocultamente) se pratica.  

A questão da água vai, a breve trecho, trazer problemas às populações.

A actual política da água e a sua gestão pública caminha alegremente para o desastre.
A política da água, no século XX, foi baseada no "consumismo". Só nos espaços rurais - onde se fez uma gestão tradicional - houve alguma contenção. Hoje essa política de consumismo levanta ensombrados problemas quanto à gestão da água no séc. XXI. Será o "século da água" na medida em que será marcado pela sua escassez e pela imperiosa necessidade de uma política de sustentabilidade.

É, portanto, necessário entender os ríos e os níveis friáticos subterrâneos como complexos e dinâmicos corpos vivos, e não como simples reservatórios para a colecta de agua;
será importante assumir que a quantidade e a qualidade sâo faces da mesma moeda;
será fundamental compreender que dispor de aguas com qualidade passa por respeitar e preservar a funcionalidade e a vida dos ecosistemas que integram o ciclo natural da agua;
e, finalmente, empenhar-se na recuperação do tradicional valor lúdico, estético e simbólico das paisagem e ambientes acquíferos.

Esta é, uma pequena súmula, do preconizado pela "FUNDAÇÃO PARA UMA NOVA CULTURA DA ÁGUA". Que preconiza uma nova gestão e planificação da água a nível ibérico. O V Congresso Ibérico terá lugar em Faro em Dezembro de 2006.

Seria aconselhável, determinante, que os autarcas algarvios (ou melhor todos os autarcas) aí fossem beber novas ideias.

E já agora os responsáveis pelo
Instituto Regulador das Águas e dos Resíduos (IRAR), não perderiam nada se arranfassem algum tempo para ouvir novas ideias que tratam a àgua não como um negócio, mas como um problema de sustentabilidade dos ecosistemas e, o que é fundamental, cultural.  

Muito interessante o seu espaço. Por isso é que esse blog já faz parte de minha Bibliotec@!

Abs,

Vinicius Factum
Blog de um Cidadão  

pelo que ouvi hoje parece que será marcada nova data para novo referendo sobre o aborto...

Falta de senso ou tentativa de desviar atenções. Qual será a escolha certa?  
Enviar um comentário

«Inicial