quarta-feira, julho 19, 2006

após uma parte das férias...

Uma ausência para repouso, no início daquilo que parece ser o último verdadeiro período de férias, proporcionou-me não só tempo para disfrutar do sol (até em demasia) mas também para tomar conhecimento das actualidade, nacional e internacional.
Em primeiro lugar gostaria de felicitar a selecção nacional (apesar de considerar desmesuradas as manifestações populares e considerações feitas) pelo 4º lugar da sua participação no Mundial. Esta felicitação deve-se ao facto de terem elevado o nome de Portugal até ao penúltimo dia da prova (apenas mancham esta participação as declarações proferidas após a derrota diante a França, contra o árbitro da partida, envidenciando um péssimo mau perder).
Certamente que o desempenho da equipa das quinas afectou (pela negativa) a produtividade nacional. Apesar dos indicadores económicos estarem a subir (até que enfim!), se os portugueses seguirem o exemplo dos seus governantes bem que o país não avança (um troço da A24, perto de Chaves, teve a sua inauguração adiada devido à deslocação do Primeiro Ministro à Alemanhã para ver in loco o jogo diante os franceses). Por falar em obras, fiquei a saber que o meu Porto vai continuar a ser um estaleiro, pelo menos, durante mais 4 meses, já que para desespero dos automobilistas (e ao contrário de outros pontos do país) aqui os buracos nas estradas são eternos (IC24, ligação de Matosinhos à A4, ...). O simplex afinal parece não ser assim tão simples e está a ser atrasado pelo excesso de burocracia dos serviços.
Que o país está a ser vendido ao espanhóis não é novidade, mas agora estes querem intervir nos preços da nossa energia já ultrapassa os mínimos da decência. A título de curiosidade, o petróleo continua a subir; a Inglaterra vai contruir mais umas centrais nucleares para produzir energia (e ficar menos dependente do petróleo). E nós em que investimos??? Por um lado o Presidente da República incentivou à utilização dos comboios (quando a CP lhe ofereceu uma viagem até ao Algarve, pelo seu aniversário), dizendo que seria mais fácil de cumprir o protocolo de Quioto, se fosse utilizado o comboio em vez do automóvel na deslocação para o destino de férias. Mas o que vemos é as linhas férrias, como a do Tâmega (numa extensão de 42 Km), serem substituidas (pelo menos em intenções) por ecopistas. Questiono-me se não seria mais prudente procurar com que as pessoas abandonem o recurso ao automóvel para se deslocarem de casa para o emprego em vez de o deixarem em casa nas suas deslocações de férias? Em relação às ecopistas, quem as vai utilizar durante o ano? A população idosa? Os turistas não duram de Janeiro a Dezembro...
Em termos internacionais não percebo como ainda não vim um único americano ser julgado um Haia. Como é possível só agora dizem começar a aplicar a convenção de Genebra em Guantánamo e outras prisões. Além de mais, invadiram o Iraque (com o pretexto de guerra preventiva e sem a aprovação das Nações Unidas), queriam fazer o mesmo no Irão, em relação à Coreia têm algum receio (ou se calhar lembram-se do Vietnam) e nesta mais recentemente no conflito entre Israel e o Líbano ficam de fora a assistir. Pergunto: onde andam agora os benfeitores? o Hezbollah não é um grupo terrorista? e os que atacaram na Índia?... Afastando o terror e olhando para a ciência parece que o senado norte americano vai aprovar (ou já aprovou) a investrigação em células estaminais, no entanto esta aprovação já tem prometido o veto do presidencial.
Na Holanda parace não haver maneira de impedir que seja criado um partido que defende a pedofilia. Escandaloso, não? Sendo a pedofilia condenada pela lei Holandesa como não se consegue impedir a criação de um partido com estes ideais? É o reverso da democracia. Em Portugal, a imprensa continua a querer que o aborto seja uma realidade, já que as notícias não páram. A última que li equiparava a legislação portuguesa (na matéria) à do Afeganistão.
Para terminar só referir que a inspecção geral da administração interna propôs o fecho imediato da esquadra do Lagarteiro, devido a más condições. A dita, funciona num pré-fabricado, sem climatização, com espaço reduzido, ... Em suma em condições pouco diferentes daquelas que os alunos da FMUP possuem. O director desta faculdade veio a público dizer que ia condicionar o número de vagas para os alunos que entram para o primeiro ano. Isto porque procura que sejam construidas as instalações que foram prometidas por sucessivos governos. Além disso, exige um tratamento, no mínimo, de igualdade a nível de financiamento (em relação às restantes intituições que ensinam Medicina). Mas não é apenas esta diminuição de vagas que assusta os candidatos, deste ano, a este (tão procurado) curso. Também os exames (física e química, do novo programa) do 12º ano estão envoltos em polémica após os resultados evidenciarem uma descida a pique nas notas. Mas serão, realmente, os exames que são de dificuldade excessiva, como muitos apontam? Ou será, por outro lado, a exigência ao longo do ano diminuta? Aliás também os exames nacionais do 11º ano evidenciam grandes discrepâncias em relação às classificações dadas pelos professores.