sábado, janeiro 29, 2005

A propósito de Genéricos e prescrições

Neste período em que se fala tanto de justificação de prescrições, tipo de prescrições, qualidade dos fármacos, peso que há várias questões em relação às quais nos devemos preocupar e em relação às quais devemos tentar informar-nos minimamente antes de fazermos determinado tipo de juízos.

Começando pela justificação da prescrição de não genéricos, penso que, a seguir ao direito de substituição pelos farmacêuticos foi das propostas mais hilariantes que ouvi nos últimos tempos. É perfeitamente compreensível que se tente poupar em determinadas áreas, nomeadamente com a quantidade de dinheiro absurda que o estado gasta em comparticipações, mas sem partir do princípio, como por vezes certas pessoas parecem fazer, que os médicos se estão perfeitamente a borrifar para o assunto. Ter que justificar a alguém de fora a razão pela qual se prescreve o medicamento X e não o Y é quase como ter que mandar uma carta ao SR. Ministro a explicar porque é que se optou pela técnica cirúrgica A e não pela B...... haja dó. Quase que dá vontade de dizer que se quer saber porquê que tivesse tirado o curso de medicina. Noutro dia alguém comentava que, no seu exercício de medicina privada, e depois de decidir que determinado doente precisava de mais um dia de internamento, alguém da companhia de seguros que ia pagar a intervenção ligou a perguntar porquê... acontece que esse alguém era um enfermeiro contratado para fazer esse tipo de perguntas ao telefone. Ao menos colocassem alguém com capacidade técnica e cientifica para poder depois avaliar se essa decisão se justificaria ou não.... Duvido que o ministério coloque médicos a avaliar a prescrição dos colegas, uma vez que na minha opinião nenhum médico deverá avaliar a prescrição de um colega sem conhecer detalhadamente o doente a quem a mesma se destinou. Mais ainda, se por um acaso esse outro colega pretendesse saber essa informação para os fins em causa estaríamos certamente perante uma situação de intenção de quebra de sigilo médico.....
A questão de prescrição dos genéricos e da sua falta de efeito é dúbia. Daí o médico, e mediante a sua experiência clínica, poder optar pelo genérico ou não e, mais ainda, poder optar pela marca A e não pela B de genéricos, isto porque pelo estudo que faz dos resultados nos seus doentes pode ter a percepção que estes reagem melhor a um do que a outro.... Agora não pode é dar um em detrimento de outro só porque tem um stock maior de um deles porque até conseguiu fazer um acordo simpático como distribuidor. Se calhar é por isso que os médicos não podem ter farmácias.... eh pah, se calhar é. Se calhar é porque o loby das farmácias é forte nesse sentido, eh pah, se calhar é.....não sei.
Alguém, num dos comentários falava do caso da furosemida. É certo que as bio equivalências entre genéricos e os outros tem que ser idêntica (não igual), sendo permitidas variações (note-se que mesmo para medicamentos de marca com o mesmo principio activo essas variações existem e é natural que assim seja). No caso da furosemida é fácil ver se o medicamento funciona bem ou não: ou o doente urina em determinada quantidade ou não urina... contra factos não há argumentos. Em conversa com um responsável de uma empresa de genéricos, foi-me dito que é naturalmente uma questão que preocupa a industria. A dúvida reside no facto de ser Portugal o UNICO país em que há tais queixas... A dúvida reside em saber de que laboratório de genéricos é que a furosemida que funciona menos bem é (se é que é só de um), pura e simplesmente ainda não se sabe. Em conversa também com um responsável de um instituto que vigia este tipo de coisas foi-me também dito que a bio equivalência está dentro dos parâmetros para todos os que estão no mercado, podendo a menor eficácia ser devida (e repare-se no nível em que a discussão já vai) a diferenças na disposição dos electrões de certas moléculas... ou então cá na terra temos uns nefrónios diferentes dos outros. Facto - há furosemidas, não se sabe quais, com menor efeito.
Para terminar: relativamente ao incentivo à prescrição de genéricos. Mesmo os países que têm maior percentagem de genéricos prescritos, têm-nos em percentagens próximas dos 50%, logo, continua a haver, seja por não haver alternativa genérica, seja por opção clínica do médico, a haver uma percentagem muito significativa de prescrição de medicamentos de marca. Em Portugal deve haver uma credibilização, principalmente junto das gerações mais velhas de médicos, da qualidade dos genéricos, sendo disponibilizados em larga escala os resultados e métodos de avaliação dos medicamentos e havendo mentalidade aberta para compreender que, por melhor que os genéricos sejam, o médico, em acordo com o doente (que é a parte interessada no meio disto tudo) pode optar por prescrever um de marca, não esquecendo que o médico deve basear a sua prescrição em critérios clínicos CIENTIFICOS e aí é que reside o cerne da questão. Não consigo conceber que se prescreva o fármaco A só porque alguém disse que era bom, mas sim porque o médico tem evidência científica que assim é.

Comentários:

concordo com os genéricos! não tenho "medo" de os tomar, mas com o devido apoio do meu médico assistente!
chegar à farmacia e pedir "aspirina genérica", não me custa, se a dor de cabeça não piorar já é bom sinal, se passar tanto melhor.  

Há uma coisa que ninguém duvida, o estado gasta balurdios com a Saúde. A guerra dos genéricos é acima de tudo uma questão política... O lobby farmacêutico tornou-se tão forte (muito à custa das dívidas astronómicas do estado às farmácias)que não há ninguém nesta ou em outras campanhas eleitorais que se lembre de defender que uma boa forma de poupar dinheiro com os medicamentos seria dimiuir a percentagem de lucro das farmácias (são luxos de uns comportados por todos nós), liberalizar a abertura das farmácias de forma a aumentar a concorrência. Já nem dou o exemplo dos verdadeiros países desenvolvidos (como a Suécia) em que as farmácias pertencem ao estado e são um serviço de saúde como os outros.
O que é pena é que cada vez mais se compactue com esta situação e muito boa gente vá ao "doutor da farmácia" queixar-se de dor de garganta e leva p casa o antibiótico de marca mais caro do mercado (quase sempre um de 2º ou 3ª linha) e depois vão ao médico pedir a receitinha p terem os respectivos descontos! Nestes casos alguma CULPA É DO MÉDICO por não educar os seus doentes (mas todos sabemos como é, lá vão dizendo olhe que para a próxima não passo, antibióticos são só para usar quando não é preciso, mas acabam muitas vezes por ceder). Mas a atitude dos farmacêuticos (ou dos técnicos que estão ao balcão) é crime: já todos vimos ou ouvimos estas histórias, mas já alguém viu alguém ser punido por isso? mas é vê-los todos a defender o valor da prescição médica quando se fala em vender "Ben-U-ron" ou "aspirina" nos Hipermercados..
"Ai!Ai!É a vida!"
CrisVSousa  

Bemvindo Preze!!!

Quanto aos genéricos, é óbvio que ninguém é inocente. Temos todos sido coniventes para deixar chegar as coisas ao estado em que chegaram.
O estudo publicado há dias sobre a comparticipação de medicamentos "á posteriori", que classifiquei aqui como escandaloso, é-o nas condições sociais que temos. Porque se garantíssemos a possibilidade de todas as pessoas terem dinheiro para comprar os medicamentos, se calhar era a melhor forma de libertar o estado do lobbie das farmácias, porque o cliente passava a ser mesmo o doente e não o estado.
E olha que o exemplo da Suécia é um bom exemplo, a toma de medicamentos também é um acto de saúde, e como tal deveria estar incluída no SNS a sua distribuição.  

As farmácias portuguesas recolheram em 2004 cerca de 150 toneladas de medicamentos e embalagens no âmbito do programa «Valormed», estimando-se que cerca de 750 toneladas estejam em parte incerta, 500 delas provavelmente no lixo. Segundo fonte da Associação Nacional de Farmácias (ANF), citada esta sexta-feira pelo Correio da Manhã, o que foi recolhido em 2004 é menos de um quinto do total de medicamentos deitados fora. A ANF considera ser impossível acabar com o desperdício, mas apela à consciencialização das pessoas e defende o redobrar do cuidado de alguns médicos ao nível da prescrição para atenuar esta situação. Por sua vez, segundo o bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, os medicamentos são lançados ao lixo porque as pessoas não tomam a medicação até ao fim e devido à sobredimensão das embalagens. Na sua opinião, o primeiro problema só se resolve com o intensificar das campanhas de sensibilização e o segundo tem que ser debatido pelo Governo, com a indústria e a ANF. Além de nocivo para o ambiente, deitar medicamentos para o lixo pode ter repercussões na saúde, nomeadamente no caso dos antibióticos, com as bactérias a adquirirem imunidade aos efeitos deste fármaco. in Correio da Manhã 07-01-2005

Gostava de compartilhar convosco a seguinte reflexão:
Façamos as seguintes contas
1 - Se o peso médio de 1 embalagem for 250gr (por excesso);
Se o custo médio de uma embalagem for 4.000 $ 00 (escudos) (por defeito)
Os 150.000 kg entregues nas farmácias correspondem a 480.000.000€ (euros)
Os 750.000 kg eventualmente deitados ao lixo correspondem a 2.400.000.000 €
2 – se a média de gastos, por parte do SNS, em comparticipações for de 234.000.000€ / mês
Então o deitado fora daria para pagar 10 meses de comparticipação
3- e ainda há neste país quem não tenha dinheiro para comprar os medicamentos receitados !
4- e continua a não chegar o orçamento do SNS !  

Concordo plenamente com aquilo que aqui foi dito... Não se pode retirar ao médico aquilo que ele tanto se esforçou durante mais de 6 anos por adquirir. O conhecimento científico e as suas consequências ao nível da saúde não é algo que se compadeça com argumentos exclusivamente económicos.  

Apenas umas coisas, que se faz tarde:
- Hilariante é o senhor não saber o que significa o conceito "direito de substituição". Devia informar-se minimamente antes de aqui escrever...
- Os Farmacêuticos não são nenhum loby forte, quanto muito um lobby forte, embora eu prefira dizer uma classe bem organizada e eficiente (o que me parece positivo).
- Que evidências ciêntificas tem, por exemplo, para preferir a sinvastatina da Labesfal à da Alter ou a outra qualquer? Ajude-me que eu não tenho esses dados. Diga-me, por favor, onde vai buscar essas evidências, que estudos são esses. Serão secretos, só para almas iluminadas? Ou são evidências só suas, resultado de aturados estudos, seus, só seus, com cálculos farmacocinéticos exclusivos, monitorização sérica de fármacos, um cromatógrafo e tudo mais no seu consultório?  

Caros CistSousa e Francisco, o que é que têm vocês a ver com as margens das Farmácias, a propriedade das Farmácias e outros quejandos. Diminuir 4%? Porque não 4,127% ou 12,17865%? Juízo. Preocupem-se com as Vossas profissões. Afinal a Farmácia em Portugal é eficaz e eficiente - o que é raro por cá. Se falam na qualidade se simples cidadãos, porque não exigem, simplesmente, que os medicamentos desçam de preço?

Quanto aos antibióticos julgo que os Farmacêuticos deviam ser severamente punidos. Assim como os médicos que os prescrevem sem ver o doente, por exemplo por telefone. São muitos, incluindo pediatras!  

Quem escreve sistematicamente "bio equivalência" quando se quer referir à bioequivalência de um determinado fármaco mostra bem quantos livros já leu sobre o assunto... e se este facto só não fosse por si só suficiente para atestar a competência técnica de quem escreveu este texto, o conteúdo do mesmo é arrasador e constitui uma autêntica confissão: gostei especialmente dos critérios de avaliação da biodisponibilidade da furosemida, com conclusões imediatas em relação à bioequivalência das diversas formas farmacêuticas existentes no mercado! O argumento da falta de critérios clínicos "científicos" é também uma delícia e as referências às margens de lucro das farmácias e à eventual liberalização desse mercado como soluções para todos os males são de facto a cereja em cima do bolo!!!
Sinceramente este texto, para além dos erros ortográficos e da arrogência ignorante com que dispara chavões técnicos dos quais o autor prova a seguir nem sequer conhecer o significado, para pouco mais serve que uma boa gargalhada pós-prandial... e, já agora, para divulgar pelos amigos!!!

PS - A margem de lucro das farmácias portuguesas é das mais baixas da Europa. E os genéricos, sendo mais baratos que os seus congéneres de marca, proporcionam um lucro absoluto menor... uma das razões do sucesso das farmácias em Portugal é precisamente o facto de terem como opositores pessoas com a amplitude de visão do autor deste post!  

Caros senhores,

em falta de melhores argumento, alguns senhores resolveram brincar com os erros de ortografia. Pois bem podia refugiar-me no corrector do word mas não o farei. Saibam apenas que não recebo lições de duas pessoas que se refugiam em tais "causas". O mais engraçado é que sou acusado por vezes pelos meus pares por ser demasiadamente defensor dos genéricos... tem piada.... Não tenho é medo de ficar sem consultório só porque eventualmente uma pessoa com formação, ou não, noutra área, possa ser detentora de um sem ter que respeitar uma determinada distribuição por áreas.
Quanto ao facto de os farmacêuticos serem um lobby não me parece que possa ter conotação negativa, sendo até legítimo (a group of people who try to influence politicians on a particular issue - dicionário oxford...)
Quanto a saber distinguir genéricos do laboratório A ou B, meu caro génio e detentor de toda a teoria e técnica farmacêutica: há uma coisa que os senhores não aprendem a fazer e nem é suposto que aprendam, mas chama-se ouvir os doentes meu caro...  

De facto, estes 2 últimos comentários são uma lição de humildade...

E já agora, também negam que os laboratórios de genéricos oferecem às farmácias um "prémio" de produtividade pelo número de embalagens vendidas? E que o farmacêutico pode alterar a marca de genérico prescrita (não é obrigado a ter todos os genérico em stock... nem 2... pode ter só 1) e servir assim ao cliente a que lhe "dá mais jeito" para atingir os objectivos de produtividade?

Quanto à bioequivalência dos genérico, o INFARMED garante que ela é semelhante. Mas o que se nota por esse país fora (nomeadamente a nível hospitalar) é que a eficácia clínica (que não é assegurada por um perfil de bioequivalência idêntico) de alguns é diferente. O mais falado é o caso das furosemidas, mas há mais... (os ibuprofenos, as amoxicilinas, etc.) E eu, (como julgo que ninguém) não sei qual deles é melhor do que o outro, daí o facto de dizer que é preciso mais informação. É preciso debater estes assuntos, é preciso analisar se as observações empíricas têm ou não tradução clínica. A bem dos doentes que estamos a tratar!

Quanto à margem de lucro das farmácias (e das companhias farmacêuticas), estou-me pouco borrifando se são altas ou baixas. Liberalizem o mercado que ele acabará por funcionar. E já agora algumas sugestões para baixa o peso da factura com medicamentos: vender embalagens unitárias (ou no número necessário para tratar); dispensar medicação crónica directamente das farmácias hospitalares, aos doentes seguidos no hospital (uma vez que os medicamentos comprados "em quantidade" pelas farmácias hospitalares ficam a menos de metade do preço da comparticipação que o estado dá aos medicamentos comprados nas farmácias; o estado comparticipar "apenas" o pelo preço do genérico mais barato; vender medicamentos de "venda livre" em locais que não farmácias (supermercados, hipermercados, etc.)

Quanto à dispensa de medicamentos sujeitos a receita médica, estamos conversados... devem ser punidos os farmacêuticos que o fazem e os médicos que são cúmplices.  

Caro Francisco,

Concordo na integra como que disseste. Acho que uma boa politica seria o estado comparticipar apenas um determinado produto de cada principio activo, cada dosagem, e de determinada formulação sendo os critério da comparticipação definido por um conjunto de factores que poderia incluir algo mais que meramente o preço.
Para quem tiver ficado com a ideia, errada, que penso que o papel dos farmacêuticos é estático, esclareço que a minha forma de ver as coisas é a oposta, ou seja, penso sim que ficar atrás de um balcão unicamente a servir mecadoria, isso sim está errado. Os profissionais dessa área estão sub-aproveitados, hoje em dia e(pela cada vez menor necessidade em se recorrer à farmácia de oficina nas farmácias "da comunidade") nomeadamente no que diz respeito à prevenção primária, aconselhamento, etc... Devem ser encarados como pareceiros e não como concorrentes. Pelo menos é esta a postura que tenho com os farmacêuticos que conheço e com os quais tenho por vezes trocas de conhecimento bastante interessantes. Não sei como é que é em Estarreja nem na Póvoa, mas confesso que gostava de saber. Acho também que neste tipo de discussões é importante separar duas coisas: 1.Discussão técnica dos problemas e, por palavras civilizadas discutir as coisas; 2.O interesse comercial dos farmacêuticos como proprietários, que muito legitimamente "defendem a sua dama", mas que têm que compreender que haja quem ache que o monopólio não é a melhor solução.
Para terminar: a quem me acusa de falta de visão, apenas posso dizer que tenho mente mais aberta à discussão do que aquilo que o senhor possa pensar, e relativamente ao facto de se congratular com os adversários que tem, pense que não são adversários, podem ser parceiros se o senhor mudar de postura relativamente a quem o confronta, e talvez, por pouco que seja, aprender com eles.  

Quando, à noite, me sento para vadiar pela "blogosfera" a última das minhas intenções é conflituar seja com quem for.
O que é certo é que por vezes me irrito - fico chateado, com certeza que fico chateado - quando leio enormidades sobre a profissão farmacêutica. Principalmente quando vindas não do Zé das Iscas mas de outros profissionais de saúde, médicos neste caso, eles próprios expostos a ataques quantas vezes injustos e desinformados.
Foram aqui feitas afirmações erradas e descabidas, que revelam um enorme desconhecimento e um forte preconceito relativamente às Farmácias e Farmacêuticos.
Talvez mudassem de ideias, de atitude, se falassem, calmamente, ouvindo, as razões e as posições dos boticários. Não vão na conversa fácil dos lobbys e dos lucros fabulosos. Olhem que o adversário não está desse lado.  

Um só exemplo de que há coisas ridiculamente simples, que vocês não valorizaram, mas que se pode relacionar com algumas afirmações proferidas:
O Ben-u-ron só pode ser dispensado com receita médica, é um MSRM! Sabiam?  

Caro Dr. Mário Sá,

Agrada-me ver que começa a haver mudança de tom nas palavras, provavelmente depois de passada a irritação inicial e penso que isso só pode contribuir para o esclarecimento de situações que podem ser muito bem debatidas neste blog.
Há duas questões aqui. Uma é a do farmacêutico e suas competências que, a meu ver devem ser encarados não como um adversário, mas antes (e penso que isto é obvio e aceite por toda a gente minimamente inteligente).
Outras questão é a das farmácias. Eu não vejo mal nenhum no facto de as farmácias tentarem ter lucro (são um negócio como qualquer outro e muito legitimamente tentam o melhor). Inevitávelmente, e pelo facto de serem propriedade exclusiva de farmacêuticos, tem que se falar também destes quando se aborda o ponto em questão.  

"Noutro dia alguém comentava que, no seu exercício de medicina privada, e depois de decidir que determinado doente precisava de mais um dia de internamento, alguém da companhia de seguros que ia pagar a intervenção ligou a perguntar porquê... acontece que esse alguém era um enfermeiro contratado para fazer esse tipo de perguntas ao telefone. Ao menos colocassem alguém com capacidade técnica e cientifica para poder depois avaliar se essa decisão se justificaria ou não"

E os Enfermeiros não têm competência para tal? O amigo desconhece as capacidades dos Enfermeiros...  
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