quinta-feira, fevereiro 17, 2005
Morto em acção
Aconteceu hoje mais uma trágica morte de um agente policial enquanto desempenhava o seu dever. Isto é um risco próprio da profissão, mas não devia acontecer.
Neste país onde se defendem os direitos de todos os cidadãos, muitas vezes são esquecidos os direitos dos "servidores públicos". Desde os médicos, agredidos e ofendidos no seu local de trabalho, obrigados a servir (porque é essa a sua função) e a respeitar as "vontades" dos utentes porque "pagam impostos"; aos professores, ameaçados e agredidos nas salas de aula, impotentes perante a violência, resignados a "comer e calar", a bem do desenvolvimento sem traumas das crianças; aos polícias, mais que todos expostos, sujeitos a insultos, agressões e tragicamente assassinatos (premeditados ao que parece), desarmados e amordaçados, sujeitos a acusações de abuso de poder, processos crime e julgamentos na praça pública.
A estes "servidores" do estado, aos servidores dos cidadãos, ninguém defende os direitos. Prefere-se um polícia morto, do que um muito-presumivelmente-criminoso baleado; prefere-se um professor agredido do que uma criança disciplinada; prefere-se um médico insultado a uma triagem séria e competente no acesso aos serviços de saúde.
Se a polícia espanca um criminoso-apanhado-em-flagrante, há uma manifestação popular. Se um médico "não examina um doente com atenção", há um exaltamento na comunicação social, directos nas televisões e primeiras páginas de jornais. Se um professor dá uma bofetada num aluno, vemos uma revolta, uma revolução à porta da escola. Espero ver as mesmas manifestações populares, o mesmo exaltamento na comunicação social, a mesma revolta nas pessoas de cada vez que for assassinado um polícia, agredido um médico ou insultado um professor.
Apelidem-me de conservador e retrógrado, de fasciscta se quiserem. Mas prefiro viver numa sociedade com educação e respeito, em que todos cumpram os seus deveres cívicos, do que viver numa sociedade dos direitos em que todos se esquecem que a liberdade individual termina onde começa a liberdade dos outros...
Neste país onde se defendem os direitos de todos os cidadãos, muitas vezes são esquecidos os direitos dos "servidores públicos". Desde os médicos, agredidos e ofendidos no seu local de trabalho, obrigados a servir (porque é essa a sua função) e a respeitar as "vontades" dos utentes porque "pagam impostos"; aos professores, ameaçados e agredidos nas salas de aula, impotentes perante a violência, resignados a "comer e calar", a bem do desenvolvimento sem traumas das crianças; aos polícias, mais que todos expostos, sujeitos a insultos, agressões e tragicamente assassinatos (premeditados ao que parece), desarmados e amordaçados, sujeitos a acusações de abuso de poder, processos crime e julgamentos na praça pública.
A estes "servidores" do estado, aos servidores dos cidadãos, ninguém defende os direitos. Prefere-se um polícia morto, do que um muito-presumivelmente-criminoso baleado; prefere-se um professor agredido do que uma criança disciplinada; prefere-se um médico insultado a uma triagem séria e competente no acesso aos serviços de saúde.
Se a polícia espanca um criminoso-apanhado-em-flagrante, há uma manifestação popular. Se um médico "não examina um doente com atenção", há um exaltamento na comunicação social, directos nas televisões e primeiras páginas de jornais. Se um professor dá uma bofetada num aluno, vemos uma revolta, uma revolução à porta da escola. Espero ver as mesmas manifestações populares, o mesmo exaltamento na comunicação social, a mesma revolta nas pessoas de cada vez que for assassinado um polícia, agredido um médico ou insultado um professor.
Apelidem-me de conservador e retrógrado, de fasciscta se quiserem. Mas prefiro viver numa sociedade com educação e respeito, em que todos cumpram os seus deveres cívicos, do que viver numa sociedade dos direitos em que todos se esquecem que a liberdade individual termina onde começa a liberdade dos outros...
Comentários:
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Concordo contigo!!
Cada vez é mais complicado lidar com estas situações. Enquanto professora posso dizer que as crianças começam desde o início a desafiar os professores porque sabem que não é permitido batermos neles. São os primeiros a dizer: Eu sei que tu não me podes bater... se me bateres chamo a policia... - disse um aluno da minha escola a uma colega minha.
É neste estado que está o nosso país. Com os polícias é o mesmo. Se eles atiram ou matam são condenados; se são vítimas ninguém se manifesta a favor deles. E com os médicos o mesmo...
Onde irá para este país?? Que jovens estaremos a formar se já vivem nestas desgraças e injustiças diariamente?? Espero que isto tenha um fim...
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Cada vez é mais complicado lidar com estas situações. Enquanto professora posso dizer que as crianças começam desde o início a desafiar os professores porque sabem que não é permitido batermos neles. São os primeiros a dizer: Eu sei que tu não me podes bater... se me bateres chamo a policia... - disse um aluno da minha escola a uma colega minha.
É neste estado que está o nosso país. Com os polícias é o mesmo. Se eles atiram ou matam são condenados; se são vítimas ninguém se manifesta a favor deles. E com os médicos o mesmo...
Onde irá para este país?? Que jovens estaremos a formar se já vivem nestas desgraças e injustiças diariamente?? Espero que isto tenha um fim...
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