domingo, novembro 13, 2005

As promessas de Sócrates

Não aumentar os impostos e realizar um choque tecnológico foram as principais promessas realizadas por José Socrates antes das eleições. Após estas deparámo-nos logo com a subida da carga fiscal das famílias. O choque tecnológico deve aparecer em lisboa lá por volta de 2010. Quantas são as universidades que possuem um computador para cada dez alunos? Quantas as escolas que ensinam os alunos a utilizar os benefícios desta tecnologia? Quantos são os portugueses que se podem dar ao luxo de ter internet em casa? No que diz respeito aos preços praticados, Portugal é dos países mais caros da União Europeia (se não o mais caro). Diminuindo a capacidade financeira das famílias portuguesas e a aumentar os custos dos bens de primeira necessidade e das tecnologias, será assim que o eng. José Socrates quer fazer o seu choque tecnológico?

Como se isto não fosse suficiente são anunciados elevados investimentos em infra-estruturas de comunicação, como o são as auto-estradas, TGV's e aeroportos. Mas neste campo tudo gira em torno de lisboa, aumentando o fosso entre litoral e interior e ainda entre o resto do país e a capital. Apesar de muitos pareceres contrários, lá aparecerá um estudo que dirá que o aeroporto da Ota é uma obra fulcral para o país (e assim lá veremos os donos da democracia a meter mais uns milhares de milhões ao bolso). O TGV só tem interesse para a capital, desrespeitando tanto o norte do país como as mais diversas ligações entre este e a vizinha Galiza. As auto-estradas são contruídas a granel mas se calhar com poucas condições, tal como o restante panorama rodoviário nacional (olhemos para o que se passa na serra da estrela, região de turismo de inverno, onde ao mais pequeno nevão as estradas têm que ser cortadas). Basta lembrar que quando ocorre um acidente, em que é necessário proceder ao corte da auto-estrada, os condutores são pura e simplesmente esquecidos e abandonados em filas intermináveis, durante horas, mas o pagamento de um serviço (não) prestado tem que ser efectuado.

Comentários:

A questão do TGV está explicada. Tem havido filas intermináveis de veículos nos dois sentidos Lisboa-Madrid e Madrid-Lisboa. Portanto no que a ligação entre as duas capitais diz respeito, está justificado. São horas de espera.

Para as ligações internas, bom, aí... é como do pão para a boca.

Meus amigos, têm que perceber que só o facto, dos habitantes do interior, poderem dispor de mais meia hora para compras nos hipers ou para descanso nas Estações enquanto esperam pelas ligações para a parvalheira... Vai ser um acréscimo de produtividade, nunca constatado em Portugal.  
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