sexta-feira, fevereiro 04, 2005
O "derby" como não podia deixar de ser...
RC (já agora, diga-se que irmão de António Costa, um dos "ministeriáveis" do PS)
Diga. Então, explique-as aos Portugueses porque eu, sinceramente, não as percebo.
SÓCRATES
Já fiz as contas e, em primeiro lugar, quero esclarecê-lo de que não é aumentar as pensões, é dar uma prestação extraordinária.
RC
Desculpe, então, gastar mais para compensar as pensões baixas.
SÓCRATES
Exacto. É uma prestação extraordinária. E é agir naquela área em que a pobreza é mais desesperante, onde a pobreza não tem voz, que é na pobreza nos idosos. Nós temos a seguinte situação em Portugal: nós temos uma taxa de pobreza muito semelhante à média europeia, nas classes mais baixas, mas temos o triplo da taxa de pobreza nos idosos. É, portanto, nos idosos, que nós temos de actuar. E se nós queremos fazer alguma coisa pelos idosos, não podemos apenas esperar que as pensões sociais e as pensões mínimas se possam aproximar, lentamente, como tem sido o caminho, do salário mínimo nacional. Nós temos que ir mais além disso. E quero dizer o seguinte: com o Partido Socialista, a pobreza vai voltar à agenda política. O combate à pobreza vai ser uma prioridade, porque, verdadeiramente, uma sociedade que se… para se respeitar si própria, tem de combater a pobreza. Nos últimos três anos, subiu muito… subiram as desigualdades sociais, em Portugal, mas também foi muito esquecido o combate à pobreza. E é nesta área, na pobreza dos
idosos, onde se verifica… onde se verificam situações mais escandalosas. E é aqui que temos de actuar. E isto está muito quantificado e muito… o programa está muito claro. Nós podemos fazer em quatro anos, dar a todos os idosos que tenham rendimentos apenas da… provenientes das pensões, que não tenham outros rendimentos, nós podemos dar-lhe uma prestação extraordinária que os tire da pobreza. Porque, quando uma sociedade tem possibilidades - e tem - de combater a pobreza, também o deve fazer. Não peçam a um socialista para virar a cara para o lado quando existe pobreza em Portugal. Isso vai ser uma prioridade do Governo.
Mudando de assunto, que o país não pára neste carnaval (o mais longo... até 21) comentem este post "a liberdade dos outros termina onde começa a minha" em http://tabemexisto.blogspot.com/
Já quanto aos "episódios que prejudicaram o país", não estou de acordo. Ou o país é prejudicado por dizer mal de um comentador político e por um ministro se demitir e acusar alguém de traição? Globalmente acho que foram feitos grandes escândalos mediáticos acerca de muito pouco coisa... ou como diria Shakespeare: "Much ado about nothing"!
É um estilo de "publicidade" a que não estamos habituados em Portugal, mas que é muito usada em todo o mundo (nomeadamente nos EUA com as constantes guerras Pepsi/Coca-Cola e McDonalds/Burguer King).
Se dá resultado? Não sei nem me interessa. Isso é da responsabilidade de quem a faz. Acho é que não deve ser contestada nem considerada ofensiva...
Isto é tipo mentalidade de Bloco de Esquerda: nós podemos dizer mal de tudo, que é um acto democrático; mas ai de quem diga mal de nós... não tem integridade para o fazer!
#2. Tenho pena que não queiras debater mais... Afinal parece que não é só o Sócrates (desculpa lá a piadinha...)
#1. Cartazes do PSD. Eu não disse que gostava ou que achava bonitos. Disse e continuo a dizer que são legítimos. E acho que os visados não se devem armar em vítimas relativamente a isto. Se as pessoas não gostam (e têm o seu direito de não gostar) julgarão isso nas eleições. Disse e continuo a dizer que os cartazes não são ofensivos.
#2. O caso do túnel do Marquês, ainda vai dar muito que falar. Mas para já os tribunais dão razão à CML... que não era preciso estudo de impacto ambiental. Donde a paragem das obras, com tudo o que isso acarreta, não é responsabilidade do PSL.
#3. A reabilitação do Parque Mayer ainda está muito longe de estar concluída, mas foi um projecto iniciado pelo PSL. E sim, inclui a construção de um casino, e vai ter um projecto do Frank Gehry, e aposto que vai trazer dinheiro a Lisboa. Tirar o mérito (ou demérito) disto ao PSL é como tirar o mérito (ou demérito) do Euro 2004, ao governo socialista que iniciou o projecto.
#4."o país é prejudicado quando um ministro comete o crime de falar com o Paes do Amaral e diz que ou o Marcelo se modera ou a TVI perdia as hipóteses num concurso para o estado". Onde é que viste isto? Aconteceu mesmo? Até que me provem o contrário, continuo a acreditar que o "caso Marcelo" foi criado pelo próprio para criar desestabilização e tirar dividendos políticos disso.
#5. Lembras-te quando o Carrilho se demitiu, quais foram as "bocas" que mandou ao Guterres? E aí não houve "caso".
#6. O caso da colocação dos professores, foi mau... foi muito mau. Importa é saber se aprenderam com os erros.. ah, mas já me esquecia, que não vão poder aprender porque não lhes deram tempo para isso.
#7. Continuo à espera que me dêem exemplos fudamentados e com alternativas credíveis para medidas que o governo tomou e não devia ter tomado e medidas que não tomou e devia ter tomado.
#8. Eu nunca fui fã do PSL, confesso que pelas medidas que tomou o seu governo me surpreendeu pela positiva; que considero que o governo tinha pessoas muito válidas e com bom trabalho mostrado, e continuo a achar que devia ser julgado pelo seu trabalho no fim do mandato; no fim dos quatro anos para os quais foi planeado o programa de governo porque agora, sempre que disserem que o governo prometeu e não fez, tem sempre uma boa desculpa: não teve tempo para tomar todas as medidas!
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