sexta-feira, novembro 30, 2007
Prova de Serieção?
A selecção das pessoas, neste caso médicos, através de uma prova escrita (escolha múltipla) é, a meu ver, injusta e redutiva. Já não seria isso suficiente? Mas ainda há a acrescentar a falta de seriedade existente neste país, o que transforma uma selecção que parece ser ideal para evitar a "cunha" em pura ilusão. Ontem quando no local onde me prestei a esta estupidez, falavasse da repetição de questões formuladas em anos anteriores no que refere à parte de hematologia (ainda antes de se conhecer o exame...). O que de facto se verificou poucos minutos depois. Onde anda a seriedade e a igualdade tão procurada?
Não fosse isso suficiente e a prova é ainda mais desvirtuada ao existirem perguntas sem solução (onde não existe nenhuma verdadeira ou nenhuma falsa) o que de certo levará à anulação das mesmas. Que falta de respeito é esta?!? Um ano, ou mais a estudar para ver isto? Para ver o meu futuro a ser tratado sem um mínimo de respeito (por aqueles que realizam esta prova)?
Afinal é a vida de muitos futuros médicos que se encontra ali em jogo. A meu ver, a existência de uma pergunta só que fosse mal formulada deveria levar à anulação do exame. Passo a explicar, se existe sempre uma afirmação verdadeira (ou falsa, consoante o pedido) se nenhuma das opções se enquadra com o pedido o candidato vai sofrer alterações a nível emocional que prejudicarão a realização do restante exame, alterando uma vez mais este método de selecção.
Este método não serve e nos próximos dias deixarei algumas soluções.
Mas a justiça e a seriedade que este exame quer impor levaria a isso.
Parece-me que mais de dez pessoas a "irem à casa de banho" quando ainda não tinha passado uma hora de exame, é excessivo. Bem como o sussurrar respostas aos colegas, alguns mesmo à descarada. E isso, pelo menos para mim, altera tanto o estado emocional de quem faz um exame, como as perguntas mal elaboradas e sem sentido.
As perguntas mal formuladas foram aos chutos. Erros ortográficos "recurrentes" puderam ser encontrados e, o pior de tudo é que 1 - o exame versou quase todo sobre pormenores completamente distantes da prática clínica
2 - procurou construir frases alteradas num pequeno pormenor e este pequeno pormenor quase sempre completamente idiota e não algo que permitisse um médico clinicamente preparado de o encontrar mas apenas aqueles que tivessem decorado na íntegra o texto (ou tivessem ajuda extras e nao foram poucos!)
4 - è inconcebível que temas como cárdio e nefro nos quais racíocínios clínicos são quase sempre necessários em provas posteriores paar esse tipo de pergunta ser substituída por percentagens ridículas, frases de pormenores técnicos completamente irrelevantes para a pratica médica ou até mesmo frases exactamente iguais ao livro mas a que se acrescentava uma ou outra palavra no fim( ex: "de prata" - doença de alport)que tornava a pergunta falsa
5 - Em Nefro nem sequer se deram ao trabalhar de pensar em 5 frases. fizeram 3 e formularam as questões de forma pedagógica extremamente questionável.
Foram claramente prejudicados por este exame os alunos que visaram prepara-se para o exame tentando potencializar os seus conhecimentos médicos no que concerne a uma boa prática clínica e a aprofundar a compreensão dos processos fisiopatológicos subjacentes com vista a construir uma visão holística dos diferentes temas (na minha visão aquela que de facto interessaria à população em geral perante aqueles alunos que se dedicaram a decorara percentagens, alterações moleculares ou pormenores estúpidos que pelos vistos foram memso perguntados. Ainda mais fizeram-no sobretudo nos temas que masi permitiam o primeiro tipo de perguntas (cardio e nefro).
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terça-feira, novembro 27, 2007
A alternativa às portagens
Quero, mas não é para mim
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segunda-feira, novembro 26, 2007
Limite?!? Qual é o limite?
Uma história incrível... Em que vemos que tudo é relativo.
Haverá obstáculos para concretizarmos os nossos sonhos?
Trabalhar em cima do joelho
Curioso é que a 3 dias dessa prova ainda não são conhecidos os candidatos ao dito internato, ou seja quem pode realizar o exame. O ministério apenas disponibiliza uma lista provisória de candidatos.
Se for assim até ao dia do exame como será?
tantos meses e ainda tivemos que pedinchar para fazer o exame...só visto...uma gota de água num oceano de trapalhices e outras coisas mais
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Não é só aos outros que acontece...
Nós já não temos chuva (pelo menos este ano). Já não sei quantas estações tem o ano (quando andava na primária eram 4 mas agora... parecem 2). Temos a sorte que ainda não termos sofrido nenhuma catástrofe natural, mas a desertificação parece estar a ganhar terreno.
Se ainda não recicla, porque não começar?
Com pequenas medidas podemos tentar diminuir, pelo menos, a velocidade das alterações que o mundo está a sofrer. Poupar água, comprar produtos reciclados, utilizar outros que sejam 100% recuperáveis (como o vidro), entre outros, são pequenas medidas que podem fazer a diferença.
Há quem pense mudar os animais. E nós para onde vamos?
domingo, novembro 25, 2007
1 país, 2 faces
Por outro lado, no dia-a-dia, será que todo o país sente "vontade" de ser português e satisfeito com o investimento que vê por perto? Julgo que não.
Não é só o Presidente da República que fala, e que todos sabemos, do despovoamento do interior. Também há estudos que o documentam um acesso muito mais fácil a diversos serviços no litoral. Curioso é que no interior falta tudo aquilo em que o governo tem andado a desinvestir: saúde, educação, segurança,...
Mas será que viver no interior faz-nos ser menos portugueses ou pagar menos impostos?
sábado, novembro 24, 2007
Saúde Oral
Com tantos dentistas em evasão para a UE, que impacto teria uma consulta de saúde oral em cada centro de saúde (talvez mais premente nos centros urbanos, pois em alguns locais da periferia já se pode encontrar uma consultinha semanal)?
OOOh Sócrates!!!
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sexta-feira, novembro 23, 2007
OTA sim! País não!
Não é o Porto, é toda a região Norte, principalmente litoral, que fica a perder com esta atitude. Será que nem com o nosso esforço podemos crescer?
quinta-feira, novembro 22, 2007
CO2
Razão tem José Manuel Fernandes, do Público, ao escrever:
Esqueça-se os filtros na Internet. Deixe-se de sonhar com a multiplicação de 'Ronaldos'. Recorde-se antes que todas as crianças devem crescer num ambiente que lhes dê referências, estabeleça limites e forme valores.
Muita parra e pouca uva
Lamentável é que o ministro do ambiente venha dizer que Quito não vai ser cumprido.
Realmente Sócrates tem um jeito especial para dizer, apenas, o que lhe convém...
quarta-feira, novembro 21, 2007
Ou sou eu que sou Dragão...
Depois de ter negligenciado Vítor Baía, Scolari ainda tentou não utilizar jogadores portistas (por exemplo, Maniche antes do euro2004 e mais recentemente Quaresma). Mas se desda partida frente à Bélgica, em Alvalade, Quaresma tem merecido a confiança do seleccionador (apesar do momento não tão brilhante) esta declaração de amor ao Dragão é que me surpreendeu...
Em relação à qualificação, Scolari tem toda a razão. Os portugueses, e os jornalistas principalmente, estão a ficar mal habituados. Nisto a Inglaterra é um bom exemplo, apesar de se qualificar quase sempre para as fases finais, a Rússia e a Croácia (quais potências futebolisticas)afastaram-na.
Médicos a mais (II)
Não fossem suficientes as críticas, os hospitais recusaram tantos recém licenciados, como aqui foi dito. Para contornar essa "contestação" o Governo abre os "cordões à bolsa" e paga, ele próprio, o serviço que os internos do ano comum irão prestar aos hospitais que os receberem (aqui está).
falta de médicos? quando nós recém-licenciados, futuros IAC ficamos parados praticamente 6 meses...
Não sei onde vamos parar...e uma ordem que não se mexe...
Começo a dar razão ao Saramago...
Já não posso ver o Harrison à minha frente... por causa deste exame de seriação estúpido e sem qualquer nexo. Não é necessário ser licenciado em Medicina para que se tenha uma boa nota no exame, basta ter-se a capacidade de decorrar ao Kilo.
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Greve!?!
Será que nesta mentalidade do desenrasca, cunha daqui e cunha dali, se vão arranjando algumas coisinhas? Mesmo que seja verdade será que isto vai durar para sempre? Para quando parar e pensar num fututo melhor, numa sociedade (na verdadeira acepção da palavra e não na selva do desenrascanço)?
Via verde...
Com a instituição de portagens nas SCUT's, túneis e algumas estradas, os portugueses vão estar a alimentar uma empresa (Estradas de Portugal) que andou (e será que não continua a andar?) a "encher" os bolsos a muito boa gente. Essa mesma gente, que nada de significativo deve ter feito para merecer a posição que ocupa, e nada fez no desempenho do cargo pelo qual recebe ao fim do mês. Para isso basta ver este, entre tantos outros exemplos que poderiam ser dados.
Com todos os cargos públicos que ocupam qual será o vencimento de muitos desses directores? Será que não auferem mais do que o Presidente?
Ao que parece a corrupção não é só no futebol... E deve ser por atitudes como estas que os políticos têm tanto medo dela, criando leis sem qualquer relevância prática só para procurar reduzir esta corrupção ao mínimo (como no caso dos concursos de acesso à especialização médica, onde existe uma prova de seriação absurda no contexto de formação).
Essa empresa precisaria de uma sindicância e da PJ à perna.
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terça-feira, novembro 20, 2007
Formação linguística
Em profissões diferenciadas e de relacionamento humano como as da área da saúde, Portugal não tem um plano de avaliação, criterioso e exigente, para aqueles que procuram o nosso país como local de trabalho. Isto não só é mau para a população como também é péssimo para a língua portuguesa!
Segurança
Será este caso, das polícias, mais um de má gestão de recursos humanos ou haverá mesmo falta de pessoal?
segunda-feira, novembro 19, 2007
O Porto em 100 em 5 actos
Há um novo Público
Médicos para fazer número?
Em profissões de elevada diferenciação técnica como a Medicina, o que condiciona o mercado não é a abundância de licenciados mas o investimento que o País está disponível a aceitar fazer para fornecer cuidados de Saúde.
Esta frase, proferida pelo Bastonário da Ordem dos Médicos, revela o erro que se faz ao aumentar indiscriminadamente as vagas nas faculdades de Medicina.
Dificuldades de acesso às faculdades de Medicina ou de marcação de consulta/intervenção cirúrgica, só poderão ser explicados pela falta de médicos? Será que a procura dum método de selecção diferente não levará ao combate de algumas injustiças (porque procuram tanto os alunos a Medicina?)? Se forem introduzidas alterações ao actual funcionamento de todo o organigrama da saúde não poderá ser aumentada a produtividade?
Julgo que muitas destas questões nem terão sido postas, pois as suas respostas levariam a um esforço de algum políticos (que, ao que parece, optam por pôr os outros a trabalhar enquanto elas andam a passear).
Agora olhando para as propostas, simplistas e pouco "racionais", que o ministro propõe podemos ver, entre outras coisas, que:
ao aumentar o número de vagas nas faculdades a qualidade de formação (que já não é muito famosa) vai-se deteriorando gradualmente;
num fututo, não muito longinquo, investimentos que poderiam ser aplicados em exames, cirurgias, medicamentos, ..., para os doentes terão de ser desviados para o pagamento de salários.
Mas será isto que o povo quer e precisa? Ter um médico de família que apesar de algum conhecimento que tenha não pode fazer muito mais do que estar ali sentado a ouvir os seus doentes?
domingo, novembro 18, 2007
Materialismo
Esta, outra, afirmação também merece reflexão:
“A industrialização, a urbanização e a racionalidade, como consequências da modernidade, provocam o banimento e a recusa da morte. O objectivo é, com o desenvolvimento da ciência, prolongar a vida e adiar a morte”
Leva-me a questionar qual o objectivo do adiar da morte...
sábado, novembro 17, 2007
Portugal exportador
Actualmente, e principalmente por não haver cuidados de saúde oral nos hospitais públicos, muitos dos dentistas formados com os impostos de cidadãos nacionais vão para Inglaterra, Suécia, etc. Parece chegada a altura dos médicos tomarem o mesmo rumo. Isto porque por cá o ministro apregoa a falta de médicos e afinal não tem onde colocar os recém licenciados... Contudo as vagas para as faculdades continuam a abrir em catadupa, não existem provas de selecção (principalmente ao nível do português falado, lido, ouvido e escrito) credíveis para os estrangeiros que cá queiram exercer, o que aumenta bastante os médicos candidatos ao Ano Comum.
Ao que parece existe um completo descontrolo na saúde, principalmente ao nível de recursos humanos, de estabelecimento de prioridades e organização de planos.
Democracia?
Em Portugal, país dito democrático, tomam-se atitudes que se podem ver numa ditadura. Falta de confiança política?!? Isso é algum motivo para despedimento?
sexta-feira, novembro 16, 2007
Os disparates continuam
Por isto e muito mais haverá greve.
quinta-feira, novembro 15, 2007
Princípios não se alteram!
Os princípios não se alteram, seguem-se. Neste caso aqueles que não os seguirem não podem ser punidos porque a lei do país não o permite. Com tudo isto a OM continua a estabelecer como rumo para a prática médica a defesa da vida.
só os burros não alteram principios (havendo uma boa razão ética e ou prática para o fazer)
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O que pensam de nós em Espanha
Com afirmações como estas:
"¿Por qué faltan médicos aquí? Hay pocas universidades y el colegio de médicos
está encantado"."Y tratan de mantener su élite apretando en el numerus clausus".
Consegui perceber que os espanhóis não estão consientes do aumento estúpido das vagas existentes nas faculdades de Medicina em Portugal, nem tão pouco com o número de faculdades (7!, o que faz de nós um dos países com mais faculdades de medicina por habitante).
Além disso podemos ter uma noção do futuro que nos espera com muitas das atitudes do no nosso ministro e da nossa comunicação social, bem como a falta de civismo nacional e falta de legislação adequada para proteger o profissional de saúde (lembro que em Inglaterra insultar um profissional de saúde no hospital é crime, e isso encontra-se bem explícito pelas paredes das urgências). Aqui ficam algumas das frases que me levaram a estas palavras:
"la falta absoluta de oportunidades"
"Vinimos porque en Madrid teníamos unas condiciones laborales infames"
"agresiones de los pacientes y unas condiciones laborales de semiesclavitud"
Who gives a fuck????(ou quantos espanhóis estão preocupados com o que pensámos deles?)
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quarta-feira, novembro 14, 2007
Justiça Social?
Se tivermos em atenção só esta semana os "gordos" recebem benefícios enormes em termos de acesso à saúde, banda gástrica e bombas infuspras de insulina. Se um qualquer português tiver um acidente terá que pagar por ter sido socorrido no serviço de urgência de um qualquer hospital nacional. Se necessitar de uma intervenção cirúrgica paga pelo seu internamento.
É de questionar, onde anda a justiça social?
http://www.elpais.com/articulo/
sociedad/medicos/prefieren/
Portugal/elpepusoc/
20071115elpepisoc_9/Tes
Uma outra visão do nosso sistema de saúde...
Adorei o vosso Blog!!Continuem
no cancro do pulmão (fumadores malandros), cirrose (bêbados), SIDA (devassos), melanoma (tias), fracturas do nariz em jogadores de rugby (rufias), hemorróidas (ciclistas de fim de semana), e tanta mais justiça social que nos passa pela cabeça.
Manter sempre a esperança de um medicamento devidamente comparticipado para a burrice.
Como disse o anónimo: haja esperança na comparticipação de um medicamento para a burrice (eu diria tb para a tacanhez de espirito)
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Silogismo
o homem racional é civilizado.
os portugueses não são civilizados.
logo, os portugueses não são racionais.
Esta poderia ser a base de uma campanha publicitária para promover um pouco do civismo nacional...
e adicionalmente conseguiste provar outra característica que já o Eça apontava: nada pior que a besta que acha que é inteligente e culta.
por último recomendo um livrito básico de lógica (evite o Pricipia Mathematica ou Wittgenstein pelo menos nas 3 primeiras semanas)
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terça-feira, novembro 13, 2007
Médicos como vendedores
Recordo que estes produtos podem ser adquiridos por qualquer um, sem que para isso necessite de uma receita médica. Aliás todos os dias "comemos" com eles através da televisão e outra comunicação social. Deste modo, questiono-me se ao "aturarem" estes delegados, os médicos não deveriam "cobrar" uma percentagem das vendas? E isto porquê? Porque ao estarem a recomendar estes produtos à população estão a actuar como simples vendedores.
Neste caso muitos médicos serão obrigados, mesmo contra a sua vontade, em "atender" delegados, ocupando o seu tempo sem aumento da produtividade.
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segunda-feira, novembro 12, 2007
Gordos
Continuo a dizer que a obesidade não deve ser considerada mais prioritária do que outras doenças, principalmente as doenças genéticas e outras que não dependem de comportamentos. Que direitos têm a mais os obesos (que na grande maioria não são pobres e de certeza que não passam fome) em relação, por exemplo, aos doentes que sofrem de apneia do sono? Nenhum! Então porque não andamos a dar máquinas para ventilação assistida (CPAP) a todos os doentes que têm apneia do sono; ou comprimidos aos que têm Hipertensão?
è necessário impor E CUMPRIR critérios restritos para serem candidatos à banda gástrica (tratamento paar doentes refractários ao tratamento de eleeição).
Se por um exemplo um transplante hepático exige 6 meses de abstinência alcoolica (partindo do príncipio que houvesse fígados suficientes para toda as necessidades) porque é que a banda gástrica é oferecida a quem não procura cumprir o tratamento de eleição? Ainda para mais um transplante hepático negado por incumprimento (concordo com a opção) põe em causa directamente a vida???
A parte da comparticipação a 100% nem comento. è tão ridícula!!!
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domingo, novembro 11, 2007
Banda
Quando se dão(!) bandas gástricas é porque a saúde está no caminho certo e pouco mais há a fazer. Será isso que se passa em Portugal?
Como creio que o cenário nacional é diferente deixo aqui uma sugestão. Já que há tantos funcionários públicos, neste caso médicos, porque não rentabilizá-los? Antes de se darem as bandas porque não oferecer vales para o ginásio? Com esta prática poderiamos criar um meio de saber quais os que têm realmente vontade de emagrecer (sabendo quem faz exercício ou não). Após estabelecermos essa diferença ainda temos a opção da terapêutica farmacológica. A meu ver, a opção cirúrgica apenas deveria surgir em último caso, e em doentes que cumprissem (pelo menos) todos estes patamares. Ainda haveria mais uma coisa (no mínimo) a fazer, que seria educação (coisa que em Portugal não existe, actualmente) alimentar nas escolas (por exemplo).
Esta é uma situação em que o clinico geral deve ter muita influência, mas para tal devem ser estimulados... o que não ocorre por cá.
É que fazer dieta para emagrecer exige sacrif´cio e os resultados não são, ou não deven ser, imediatos. Não me parece que seja muito apelativo numa sociedade que pretende obter tudo a curto prazo...
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"Caridade"
Olhemos para o exemplo do futebol. Ainda este fim de semana foi notótio no empate do FCPorto na Amadora. Sendo o FCPorto a mais poderosa (a meu ver) equipa a nível nacional, não se entende o porquê de resultados tão parcos a nível nacional, frente a equipas que não estão ao nível das suas reservas. Porque não cerregam os campeões no "acelerador"? Porque não jogam a alto nível durante os 90 minutos?
Se tal ocorresse os jogadores necessitariam de maior descanço, dando mais oportunidades aos "suplentes". Além disso também as equipas mais "pequenas" teriam que se "esforçar" muito mais, para fazer face a tais exigências. Como se não fosse suficiente as equipas nacionais estariam melhor preparadas para a "rotação" internacional (que tanta falta fizeram ao Paços de Ferreira, por exemplo).
Assim, e como conclusão, deixo este pensamento, que aliás é visto no rugby:
"Ter pena dos pequenos é boicotar o seu desenvolvimento, é necessário exigência para que cresçam mais fortes."
Ciência na Cozinha
sexta-feira, novembro 09, 2007
Poppy
Médicos empurrados como cordeiros...
4. DOS REQUISITOS GERAIS E ESPECIAIS DE ADMISSÃO
4.1 Podem candidatar-se ao IM2008-B os cidadãos licenciados em Medicina que tenham concluído com aproveitamento o Ano Comum do internato médico ou o antigo Internato Geral e se encontrem numa das seguintes situações:
a) Frequentem uma área profissional de especialização e pretendam mudar de especialidade por concurso, nos termos previstos no nº 1 do artº 19º do Decreto-Lei n.º 203/2004, de 18 de Agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 60/2007, de 13 de Março;
b) Tenham obtido o grau de assistente e pretendam frequentar segunda área profissional de especialização, prevista no nº 6 do artº 19º do Decreto-Lei n.º 203/2004, de 18 de Agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 60/2007, de 13 de Março;
c) Não tenham ingressado no antigo Internato Complementar ou na área profissional de especialização do Internato Médico.
4.2 Os candidatos que não preencham os requisitos estipulados no ponto anterior, durante o prazo de candidatura ao concurso, serão excluídos.
Ou seja todos aqueles que realizaram o exame no ano passado, que lembro viu 16 questões serem corrigidas, terão que se sujeitar a estas vagas. Como já disse antes mais vale ir do que morrer e depois lá se é "empurrado" para a especialidade que o sr ministro quiser.
quinta-feira, novembro 08, 2007
As 50 melhores universidades
Será que Bolonha vai alterar alguma coisa?
Vejamos o exemplo da FMUP em que os alunos que terminarem o curso no final deste ano lectivo, com 6 anos de formação, entregando um conjunto de 5 folhas com um trabalho (vulgo monografia) terão o grau de mestres. Enquanto todos os anteriores finalistas quantas monografias não fizeram ao longo do curso? e mesmo assim são apenas licenciados. Estes últimos para serem mestres teriam que acrescentar algo de novo à ciência.
Tenho pena que Bolonha não seja mais do que alterar uma data de títulos que muito aumentam o ego (e nada mais) a alguns.
Na FDL o curso de Direito é, actualmente, de quatro anos. Ora isto significa que, daqui a uns anos, teremos Pós-Graduados ou mesmo Mestres em Direito ao fim de cinco anos de estudos superiores. Eu estudei os cinco anos e imagino-me, se de facto decidir fazê-lo, a candidatar-me à magistratura com Mestres em Direito que estudaram os mesmos cinco anos que eu!
Outra consequência imediata: o aumento do custo da formação académica pós-licenciatura. Confesso que também me questiono se, agora, o conteúdo programático das pós-graduações e mestrados não será ponderado por forma a colmatar eventuais défices provocados por uma brusca diminuição da duração dos cursos sem uma verdadeira reestruturação curricular, para não colocar em causa a aquisição de conhecimentos técnicos e metodologias indispensáveis…
Talvez por isso a minha ideia de fazer um mestrado para aprofundar os meus conhecimentos técnicos numa área que se reveste de especial importância para o exercício da minha actividade profissional tenha ficado em “stand by”. Não estou segura e esta verdadeira corrida a títulos nada me diz. Nunca foram eles que me motivaram. Bem longe disso.
Tudo isto para dizer: temo que todas estas mutações ao nível quantitativo nos planos de curso dos cursos do ensino superior não se traduzam num efectivo e concreto desenvolvimento ao nível do que verdadeiramente é importante…
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Num Mundo puramente material...
Será esse o caminho que tomamos?
As pessoas! Não é o mais bonito, nem o mais alto, nem o mais inteligente, nem o mais forte. Valorar o ser humano à luz deste tipo de critérios já é subvalorizá-lo imperdoavelmente.
Por outro lado, baste ser-se um pouco sensível para sentirmos com tristeza o que a ideia expressa no seu comentário implica.
É triste, sem dúvida, mas deixe que lhe diga que penso que os próprios médicos (generalizo para poder comentar, sendo certo que, como em tudo, há posturas diferentes porque as pessoas são diferentes, mas ainda assim há tendências...) contribuiram para que fossem colocados nesta triste situação!
Andreia
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quarta-feira, novembro 07, 2007
"Salvar" o Planeta é imperativo
Pergunta pronta da empregada: "Fresca ou natural? Em garrafa de plástico ou de vidro?".
Pelo que ela retorquiu: "Natural e garrafa de plástico!"
Foi nessa altura que a interrompi, no seu estudo compenetrado, e lhe disse: "Porque não optas pela garrafa de vidro? Sabes que o vidro é 100% reciclável? O plástico não!"
Infelizmente ela não alterou o pedido e acabamos aquele momento "lúdico" com um "gosto mais desta e não me preocupo muito com o ambiente", da parte dela, e a minha resposta dizendo "mas devias, pois podes não sofrer tu mas sofrerão os teus filhos".
Não vou esconder que fiquei algo entristecido por não ter conseguido "alterar" aquele pedido, mas tenho (quase) a certeza que da próxima vez que ela pedir uma água vai recordar-se desta conversa.
Já agora, faça a sua parte e deixe este jardim para aqueles que cá ficaram quando você o abandonar... Porque pequenos gestos hoje, fazem uma grande diferença amanhã!
Segurança pedonal
- melhor sinalização vertical e porque não sinalização luminosa
- criar visibilidade para o automobilista, afastando obstáculos como árvores, plantas, automóveis estacionados,... e já agora alguma iluminação durante a noite (quantas passadeiras têm lampiões que as iluminem?)
- criar (e aplicar!) penas mais severas para os infractores
Mais ideias seriam bem vindas, já é tempo das passadeiras serem dos peões...
segunda-feira, novembro 05, 2007
Será difícil?
Visibilidade (por favor não estacione!)
Iluminação
Respeito pelo peão
Será que chega para acabar com o flegelo (que apenas tem atenção agora)?
domingo, novembro 04, 2007
Tempo e Tempos
É este "factor" Deus que nos leva à parte dos Tempos. Se já no passado foram travadas batalhas evocando a vontade divina, é na actualidade também esta uma razão para criar conflitos. Mas a religião é mais do que conflitos, desde sempre o homem teve necessidade de "criar" um ser superior para que a sua vida tivesse algum "objectivo". Nos nossos dias o que ocorre é a contestação da religião (por cá mais a católica). Se não houver a parte espiritual a que se singe o homem? Ao material... Será objectivo suficiente?
Muitas vezes me coloco essa questão e fico assustada se penso no sentido de tudo o que faço a partir de uma perspectiva meramente material. É que, a ser assim, não me parece que tenha mesmo sentido nenhum e a simples ideia é assustadora.
Sou suspeita porque tenho Fé em Deus (sou católica). Mas, poder-se-ia dizer, numa análise um pouco simplista, que tenho tudo mais facilitado. Não creio que seja assim. É reconfortante quando penso que a minha vida tem, de facto, um sentido que transcende o seu âmbito material, mas esta crença faz com que seja exigente comigo, com a minha conduta. Todos os dias...
Quanto à religião, que é instrumental relativamente à Fé, sim, sempre esteve envolta em conflitos mas também concordo que, mais que esse aspecto, ela se caracteriza enquanto expressão universal da procura de sentido para a nossa existência.
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